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Traficantes e assassinos na lista dos mais procurados pela polícia no ES

Traficantes e assassinos na lista dos mais procurados pela polícia no ES

Só no Estado há mais de 12 mil mandados de prisão em aberto. Desse total, há 1.020 foragidos e 11.358 procurados

Publicado em 29 de abril de 2019 às 23:49

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OS MAIS PROCURADOS | Antero da Conceição Arcanjo (Homicídio), Geovani de Andrade Bento (Homicídio), Fernando Moraes Pereira (Homicídio), Joanilson Verly Gonçalves (Tráfico de drogas), Jorcelino Lobo Vidal (Homicídio), Jhonny dos Santos Gomes (Homicídio), Magnum Betine Bueno (Roubo/Tráfico de drogas), Marco Antonio R. Galdino (Homicídio), Maurício Geciano Rodrigues (Homicídio), Rosemiro Jose Ribeiro (Homicídio), Petricio Colli Secchim (Homicídio), Sayonara Moreira Silva (Homicídio). (Reprodução)

Dados do Banco Nacional de Monitoramento de Prisões, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apontam que o Espírito Santo contabiliza 12.378 mandados de prisão pendentes de cumprimento. Desse total, há 1.020 foragidos e 11.358 procurados. Em todo o País, são 348.232 mandados de prisão a serem cumpridos. Desse total, 327.665 são considerados procurados e 20.567 estão foragidos. A consulta foi realizada no dia 26 de abril.

No último dia 22, nove detentos fugiram da Penitenciária Estadual de Vila Velha III, do Complexo de Xuri. Um deles é apontado pela polícia como chefe do tráfico de Flexal II, em Cariacica. Além dele, estão na lista um agressor de mulher, acusados de roubos e um suspeito de vários homicídios. Até o último domingo, nenhum foragido havia sido capturado.

GRADE

Embora a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) não tenha informado a dinâmica da fuga, Rhuan Karllos Alves Fernandes, presidente do Sindicato dos Inspetores Penitenciários do Espírito Santo (Sindaspes), contou que os detentos conseguiram escapar cortando a grade que dá acesso a área externa da unidade.

O delegado Júlio Cesar Oliveira, chefe da Superintendência de Polícia Interestadual e de Capturas (Supic), da Polícia Civil, disse que a Supic trabalha de forma integrada à Polícia Militar, Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) e o serviço de inteligência da Sesp.

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As agências policiais prendem muito. Aumentou a eficiência do sistema repressivo. Só a nossa unidade prendeu 900 no ano passado

Júlio Cesar Oliveira, Chefe da Supic, Polícia Civi
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“Nós recebemos os mandados e desenvolvemos um dossiê sobre os procurados. A primeira medida é verificar se o cidadão já está preso por algum crime. Quando está preso, localizamos o presídio e damos ciência do novo documento. Caso esteja em liberdade, uma equipe vai ao endereço do acusado que consta no mandado. Em alguns casos, o criminoso não é encontrado e o caso segue em acompanhamento”, explicou Oliveira.

Quanto ao número expressivo de mandados pendentes, o superintendente enfatizou que os dados podem carecer de auditoria. Segundo ele, há situações em que uma mesma pessoa consta com mais de um mandado aberto. O delegado citou como exemplo Samuel Gonçalves Rodrigues, 26 anos, conhecido como Catraca. Contra ele, há 11 mandados de prisão preventiva em aberto. Ele é acusado de envolvimento em assassinatos e homicídios em Vila Velha.

“As agências policiais prendem muito, então, aumentou a eficiência do sistema repressivo. Somente a nossa unidade, que não é grande, prendeu 900 pessoas no ano passado. Neste ano, até o dia 26 de abril, já prendemos 250. Nossa média é de três prisões por dia útil. Há casos em que o cidadão recebe mandado de prisão, mesmo já estando preso”, explicou.

OUTRO LADO

Atuação integrada para localizar os foragidos

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Por nota, a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) destacou que atua de forma integrada com a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) para localizar foragidos do sistema prisional. Para isso, conta com o trabalho do Departamento de Inteligência Prisional (DIP) que colabora com informações e levantamentos realizados junto as unidades. “O compartilhamento com as forças de segurança inclui dados registrados no sistema de gerenciamento da população carcerária, além de fotos que identificam os foragidos. A Sejus também realiza operações pontuais com a equipe da Diretoria de Operações Táticas (DOT) quando há denúncias de ocorrências envolvendo foragidos ou detentos do sistema penitenciário”, diz a nota.

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