Um menino de 2 anos como qualquer outro, que vai à escola, gosta de brincar e é muito falante. Assim é a vida do irmão mais novo dos meninos Kauã Salles Butkovsky, de 6 anos, e Joaquim Salles Alves, de 3 anos, que morreram em um incêndio no dia 21 de abril do ano passado.
Apesar de toda a tragédia que permeia sua família após as mortes trágicas dos seus irmãos mais velhos e da prisão do pai, o pastor George Alves, os parentes do garoto fazem de tudo para que ele tenha uma vida normal. Segundo fontes ligadas à família, a criança é assídua na escola onde estuda, está sempre bem arrumada e feliz.
A Justiça concedeu a guarda do menino ao avô materno após a primeira prisão da pastora Juliana Pereira Salles Alves, em 19 de junho do ano passado. Na ocasião, a ex-líder religiosa estava com o filho em Teófilo Otoni, Minas Gerais. A detenção da mãe forçou o desmame do menino, que tinha pouco mais de 1 ano na ocasião e era amamentado.
A morte dos irmãos Kauã e Joaquim completa um ano no próximo domingo (21). Desde o início desta quarta-feira (17), o Gazeta Online começou a publicar uma série de reportagens sobre o caso, que vão ser publicadas até o dia que marca a tragédia.
VIDA EM FAMÍLIA
Por conta da prisão da mãe, o garoto foi levado ao Conselho Tutelar de Teófilo Otoni. Poucos dias depois, sua guarda foi concedida ao avô e ele foi trazido para Linhares e entregue à família.
Um parente ouvido pela reportagem contou que o garoto é muito falante, gosta de jogar futebol e sempre conta aos familiares o que aconteceu na escola. A pastora também costuma ajudar nos cuidados com o filho e passa as manhãs brincando com ele.
Na época da morte dos irmãos, o menino apareceu em uma imagem polêmica. Em 22 de abril do ano passado, um dia depois da morte de Kauã e Joaquim, o casal tirou uma selfie no elevador do hotel onde se hospedaram em Linhares.
Sorridentes, eles seguram o filho caçula no colo. A criança também aparece no colo da mãe nas imagens de uma lanchonete que os pastores estiveram no dia do incêndio.
IRMÃ MORTA APÓS DOENÇA
Cerca de um ano e meio antes do incêndio que matou Kauã e Joaquim, o casal de pastores tinha perdido uma filha, chamada Helena, ainda bebê. Ela teve uma enfermidade e morreu em um hospital de Minas Gerais. Depois da morte da filha, Juliana chegou a raspar a cabeça. Seu filho caçula, que hoje vive com o avô, nasceu alguns meses após a morte da irmã.
Em maio do ano passado, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) desmentiu um boato de que a Polícia Civil teria pedido a exumação do corpo da menina.
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