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Caso Andriele: mistério e revolta após morte em Divino de São Lourenço

Caso Andriele: mistério e revolta após morte em Divino de São Lourenço

Andriele Aparecida Lemos era consultora de beleza e sumiu no dia 13 de maio de 2015. O corpo foi encontrado em cova rasa. Até hoje, motivação do crime é desconhecida

Publicado em 17 de maio de 2019 às 21:57

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Andriele Aparecida Lemos era consultora de beleza em Divino de São Lourenço e sumiu no dia 13 de maio de 2015. (Facebook)

O desaparecimento repentino de uma jovem de 18 anos acabou se revelando em um crime que chocou a Região do Caparaó capixaba há quatro anos. Andriele Aparecida Lemos era consultora de beleza em Divino de São Lourenço e sumiu no dia 13 de maio de 2015, após fazer cobranças na vizinhança. Após 10 dias de buscas intensas, o corpo foi encontrado enterrado em cova rasa, em meio a um cafezal. Na época, um vizinho e a esposa foram acusados pelo crime.

Na época, o vizinho e amigo da família, Edimar Aparecido da Silva, chegou a ajudar nas buscas à consultora, Porém, foi preso dias depois, acusado de ter matado e escondido o corpo da jovem. Vestígios de sangue na casa e fios de cabelo em uma enxada do lavrador foram determinantes para o pedido de prisão do acusado e da mulher dele, Rosângela Salino Machado da Silva.

MOTIVAÇÃO DO CRIME É DESCONHECIDA

Enterro de Andriele Aparecida Ambrozini, 18 anos, assassinada em Divino de São Lourenço, em 2015. (TV Gazeta Sul | Arquivo)

O lavrador nunca confessou a autoria do crime, apenas que escondeu o corpo. A esposa também negou as acusações. Em agosto do ano passado, o caso foi julgado. Edimar foi condenado a uma pena de 24 anos e seis meses de reclusão, em regime fechado. Já a esposa, foi condenada a seis meses de prisão.

A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) informou que Edimar Aparecido da Silva permanece na Penitenciária Regional de Cachoeiro do Itapemirim. Já Rosângela Salina Machado cumpre pena em prisão domiciliar.

REVOLTA NA CIDADE

Agricultores Rute Ambrozini Lemos e Helio Lemos da Silva, pais de Andriele Aparecida Ambrozini Lemos, assassinada em Divino São Lourenço. (Beatriz Caliman | Arquivo | GZ)

Para a família, a condenação foi branda diante do crime bárbaro. Andriele foi morta com golpes de enxada na cabeça, depois levada em uma carroça até uma plantação de café, na qual o lavrador trabalhava. Com o lavrador preso, o Corpo de Bombeiros chegou a fazer uma varredura em um rio atrás da casa de Edimar, para localizar o corpo. Somente no final do dia, ele acabou informando onde o corpo estaria.

Após as prisões, a casa em que o casal vivia foi incendiada por pessoas revoltadas com o crime, fato que na época dificultou a perícia e impossibilitou o uso de luminol no interior da residência. A casa do pai de Edimar também foi apedrejada.

Residência do acusado de matar Andriele . (Beatriz Caliman | Arquivo | Gazeta Online)

A família de lavradores ainda mora no município onde tudo aconteceu na localidade de Piedade, zona rural de Divino de São Lourenço. “Já até topei com ela na rua. Achamos a condenação pequena. Tinham que ficar o resto da vida presos. Todos ficaram chocados. Até hoje as pessoas se lembram, ficam revoltadas com o caso”, conta a irmã Rayane Ambrozini Lemos.

Andriele trabalhava vendendo produtos de beleza. Trabalha durante o dia como consultora e estudava à noite. Estava no 3º ano do Ensino Médio e, segundo a família, sonhava em estudar e dar uma vida melhor aos pais. “Era muito trabalhadora, cheia de sonhos e tratava todas as pessoas bem. Não há só um dia que deixamos de lembrar dela”, afirma a irmã.

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