Um mês e cinco dias após o corpo de uma mulher ser encontrado concretado entre as paredes de uma obra, na Praia da Costa, em Vila Velha, a polícia já tem um suspeito: um pedreiro de 33 anos que trabalhava e dormia na construção onde a vítima foi encontrada. Agora, a Delegacia de Homicídio e Proteção à Mulher (DHPM) tenta localizar o homem, enquanto uma pegunta ainda está sem resposta: Quem era a mulher assassinada por esganadura e concretada na parede? Por enquanto, nenhum amigo ou familiar procurou a polícia para registrar o desaparecimento.
De acordo com o delegado José Lopes, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a polícia acredita que a mulher vivia pela região da obra em situação de rua. Já o pedreiro, é natural de Minas Gerais, não tinha endereço fixo e pediu uma oportunidade de emprego e moradia na obra. A desconfiança de que ele era o assassino da mulher veio quando a Polícia Civil esteve no local do crime.
"Eu fui pessoalmente no local. Nós conversamos com os trabalhadores da obra e eles contaram sobre o colega que dormia ali. Com o nome, descobrimos que ele tinha passagem pela polícia de Minas Gerais. Desconfiamos do fato dele estar sempre ali e justamente no dia que o corpo foi encontrado ele desaparecer. Desde então ele não foi mais visto e passou a ser o principal suspeito. A equipe da DHPM está nas ruas atrás dele", contou.
A Polícia Civil não divulgou o nome do suspeito para atrapalhar as investigações. O delegado completou que um mandado de prisão temporária foi solicitado à Justiça em desfavor dele, que ainda não foi localizado.
O corpo foi encontrado no espaço entre duas paredes, uma antiga e outra de lajotas erguida por uma equipe de pedreiros. Sobre o espaço onde estava o corpo foram colocados blocos de concreto e cimento para fechar o vão entre as paredes. A polícia acredita que durante o processo de decomposição o cadáver teria inchado, levando ao deslocamento dos blocos, deixando-o a mostra.
"As investigações mostram que ela foi esganada com as mãos. No bolso, ela carregava um isqueiro. O que nos faz pensar que os dois poderiam estar fumando algo juntos. Nãos abemos exatamente qual a relação deles, mas provavelmente eles se conheceram ali na região. Sobre o suspeito, sabemos que ele tem uma namorada que mora em Minas Gerais", conta
INDIGENTE
Enquanto as investigações seguem, o delegado José Lopes paz um apelo para que qualquer pessoa que conhecia a vítima procure a polícia para passar mais informações sobre ela. Pois como todo corpo que chega no Departamento Médico Legal (DML) tem 30 dias para aguardar reconhecimento, a mulher pode ser enterrada como indigente a qualquer momento. De acordo com uma funcionária do DML, nesta segunda-feira (20) o corpo ainda estava no local e deve ser enterrado com outros corpos ainda não reconhecidos nos próximos dias.
"Se a gente tivesse ao menos o primeiro nome seria mais fácil identificá-la. Ela vivia pela região, outras pessoas em situação de rua deveriam conhecê-la. Já checamos com a Delegacia de Pessoas Desaparecidas e não há ninguém procurando por uma mulher com as características da vítima concretada", lamenta.
A mulher aparentava ter entre 25 e 30 anos, usava um short cinza, cropped azul e branco e um biquíni de cor azul. Ela possui uma tatuagem de uma estrela de Davi na panturrilha esquerda. Não havia documentos junto ao corpo que pudessem ajudar na identificação.
O corpo foi encontrado no espaço entre duas paredes, uma antiga e outra de lajotas erguida por uma equipe de pedreiros. Sobre o espaço onde estava o corpo foram colocados blocos de concreto e cimento para fechar o vão entre as paredes. A polícia acredita que durante o processo de decomposição o cadáver teria inchado, levando ao deslocamento dos blocos, deixando-o a mostra.
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