A Polícia Civil identificou e prendeu dois homens suspeitos de arrombarem uma agência do Banco do Brasil, no Centro de Guarapari, em dezembro do ano passado, e fugirem com R$ 600 mil. Marcos Netto da Rocha, 48 anos, e Jocimar Sales do Nascimento, 49, são apontados pela polícia como integrantes de uma quadrilha especializada em roubar bancos e cargas em diversas cidades do país.
Nas investigações, a Delegacia de Roubo a Bancos identificou ainda que Jocimar e outro integrante da quadrilha, Denilson Moreira Balbino, 45 anos, que já está preso desde janeiro deste ano, tem ligação com o Comando Vermelho.
Além de Denilson, Jocimar e Marcos, outros dois criminosos ligados ao bando foram identificados, sendo que Júlio César Oliveira Manoel morreu no final do ano passado, quando tentava fugir da polícia durante um roubo à carga, em Minas Gerais.
O quinto suspeito é Bruno Soares Mendonça, conhecido como Leite Ninho, 31 anos, que está foragido. Contra ele existem quatro mandados de prisão em aberto: dois por roubo de carga, um por homicídio e o último por roubo a banco.
SEQUÊNCIA
O titular do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), delegado Romualdo Gianordoli, explicou que a polícia conseguiu chegar até o grupo depois de uma sequência de acontecimentos.
No dia 5 de dezembro, uma carga de um frigorífico é roubada em Colatina, região Noroeste do Estado. Três dias depois, em de dezembro, a quadrilha arromba e furta o banco em Guarapari.
Já no dia 10 de dezembro, a carga roubada em Colatina é apreendida no município de Leopoldina, em Minas Gerais. Junto com a carga, havia R$ 22 mil em moedas de um centavo. Neste dia, Júlio César tenta fugir da polícia e acaba morrendo após cair do caminhão e bater com a cabeça.
O ESQUEMA
Para invadir o banco, os criminosos decodificaram o alarme do portão eletrônico da agência e depois entraram pelos fundos do local em uma Fiorino branca. Na sequência, eles rompem a grade da báscula da cozinha do banco. Depois disso, Jocimar, Júlio César e Denilson ganham acesso ao interior da agência.
Dentro do banco, eles se dividem: Júlio César e Denilson vão para o cofre e Jocimar segue para a sala de controle para desarmar o alarme e desligar o sistema de videomonitoramento da agência. Toda a ação dura cerca de quatro horas.
Do lado de fora, em uma Strada branca, Bruno e Marcos dão apoio aos comparsas. Eles se utilizaram de uma estratégia comum em crimes como este. O Bruno e o Marcos participaram como batedores. Eles vão na frente, para se certificarem que ninguém será preso e para dar cobertura no roubo, explica Romualdo.
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