> >
Acusado de matar vizinhos em Colatina é condenado 48 anos de prisão

Acusado de matar vizinhos em Colatina é condenado 48 anos de prisão

Edwalter Luiz Fagundes, de 60 anos, conhecido como Coruja, atirou no casal Wilson Júlio da Silva e Jaine Coelho da Silva após um mau entendido em 12 de outubro de 2016, no bairro Nossa Senhora Aparecida. Ele foi condenado a 48 anos de prisão e a pagar uma indenização de R$ 100 mil aos filhos do casal

Publicado em 6 de junho de 2019 às 13:49

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Edvalter, o Coruja, preso no Ceará. (Reprodução)

Após um julgamento que durou nove horas, Edwalter Luiz Fagundes, de 60 anos, mais conhecido como Coruja, foi condenado pelas mortes de seus vizinhos Wilson Júlio da Silva e Jaine Coelho da Silva, em Colatina, região Noroeste do Estado. O crime aconteceu em 12 de outubro de 2016, por conta de um mau entendido. O casal era vizinho do acusado.

O julgamento aconteceu nesta quarta-feira (05), no Fórum Juiz João Cláudio, em Colatina, dois anos e sete meses depois do duplo assassinato. A audiência começou às 13 horas e acabou por volta de 22 horas. A sentença foi fixada em 48 anos, seis meses e 10 dias de prisão pelos dois homicídios e porte ilegal de arma, além do pagamento de R$ 100 mil aos filhos das vítimas.

Acusado de matar vizinhos em Colatina é condenado 48 anos de prisão

O salão do júri ficou cheio durante o julgamento. Familiares e dois filhos do casal assassinado estavam presentes. A esposa e as duas filhas do suspeito também estavam no local.

Coruja foi levado a júri popular. No banco dos réus, ele alegou que foi ofendido pelo casal e confirmou que atirou nos vizinhos. O advogado de defesa, Hocilon Rios, afirmou durante o julgamento que seu cliente sofre de esquizofrenia, um distúrbio psiquiátrico que compromete o comportamento das pessoas.

Segundo o advogado, o acusado foi diagnosticado em 2014, mas interrompeu o tratamento e tinha alucinações. No dia do crime, Coruja teria imaginado que Wilson e Jaine teriam falado mal dele e atirou nas vítimas em um surto psicótico.

Com esses argumentos, Rios pediu a suspensão do processo até que seu cliente passe por exames que comprovem que ele é capaz de responder pelo crime. Por telefone, o advogado afirmou para a TV Gazeta Norte que, logo após o julgamento, já recorreu da decisão do júri. O condenado segue preso na Penitenciária de Colatina.

O CRIME

Wilson Julio da Silva, 48 anos, e Jaine Coelho da Silva, 49 anos. (Reprodução)

O casal Wilson Júlio da Silva, de 48 anos, e Jaine Coelho da Silva, de 49 anos, foi assassinado a tiros em frente da própria casa, no bairro Nossa Senhora Aparecida, por conta de um comentário feito sobre o vizinho. Na época do crime, uma testemunha contou à Polícia Militar que estava sentada com o casal na calçada, em frente à residência das vítimas, quando Coruja chegou.

Por se tratar de uma rua apertada e tendo em vista a dificuldade para colocar o carro na garagem, os três comentaram entre eles: “Caramba, esse cara é um bom motorista, olha o que ele tem que fazer para guardar o carro”, em referência ao suspeito, que estacionava seu veículo.

Para a testemunha, “provavelmente, o acusado interpretou errado o comentário que eles fizeram, vindo a tomar essa atitude”, informou o boletim de ocorrência.

Na ocasião, ao saber da prisão de Coruja, a sobrinha do casal assassinado confirmou que a morte dos tios foi provocada por um mau entendido. “Foi uma bobeira. Um motivo banal. Meu tio fez um elogio a ele por ter subido uma ladeira de ré e ele voltou e acabou com a vida deles”, disse Jamily Coelho.

A PRISÃO

Edvalter Luiz Fagundes, o "Coruja", foi preso no Ceará. (Reprodução)

Após o crime, o acusado fugiu e passou a ser considerado um dos bandidos mais procurados do Estado. Ele era foragido e foi incluído na lista da Interpol, a polícia internacional. Coruja foi preso em 6 de dezembro de 2017, em Trairi, litoral do Ceará.

A prisão aconteceu por meio de um trabalho em conjunto do setor de inteligência da Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) de Colatina, a Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) e a Polícia do Ceará. O agora condenado pelo crime foi trazido para o Espírito Santo em 10 de janeiro de 2018.

A Polícia Civil informou, na ocasião, que o suspeito levava uma vida normal no Ceará e mantinha uma mercearia em Trairi. A informação é de que ele estava sozinho no local, mas tinha um amigo na cidade.

Este vídeo pode te interessar

 

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais