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'Amei demais', diz mulher acusada de botar fogo no carro do ex no ES

"Amei demais", diz mulher acusada de botar fogo no carro do ex no ES

O desabafo é da segurança patrimonial, de 28 anos, acusada de atear fogo no carro do ex-namorado, um empresário de 58 anos, na noite desta segunda-feira (03)

Publicado em 4 de junho de 2019 às 21:32

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Carro ficou completamente destruído. (Diony Silva)

“Fiz isso porque o amei demais”. O desabafo é da segurança patrimonial, de 28 anos, acusada de atear fogo no carro do ex-namorado, um empresário de 58 anos, na noite desta segunda-feira (03). O crime aconteceu na avenida Expedito Garcia, em Campo Grande, Cariacica, por volta das 23 horas. O veículo, um JAC J3, ficou completamente destruído.  

Toda a ação da mulher foi registrada em vídeo por moradores da região. A segurança patrimonial quebrou o vidro do carro com um objeto que encontrou na rua e, em seguida, ateou fogo no veículo. De acordo com o empresário, o prejuízo foi de cerca de R$ 30 mil.

VÍDEO

De acordo com a acusada, a motivação para o ataque seriam as traições do ex-namorado com uma colega de trabalho. “Um dia eu cheguei na casa dele e vi ela (a colega) de cabelo molhado e ele sem camisa. Isso não é postura de quem está trabalhando. A explicação dele é de que os dois estavam tomando café. Com ela de cabelo molhado? Não acredito. Além disso, ela ligava tarde da noite para ele e sempre mandava muitas mensagens”, disse.

Ela destacou ainda que estava cansada das ações do ex-namorado, por isso incendiou o carro dele. “Eu amei muito, mas cansei das mentiras e a dor que ele me causou. Cansei de ser enganada, traída e agredida fisicamente, foi por isso que fiz o que fiz. Eu estava passando na rua e peguei o primeiro objeto que vi, não me lembro agora qual foi exatamente. Quebrei o vidro dele e coloquei fogo como todo mundo já viu, mas isso foi para tentar diminuir minha dor”, justificou.

O empresário negou a acusação de traição e disse que a ex-namorada era muito ciumenta. "Meu telefone quase não tem ligações e mensagens com ninguém, mas preciso falar com a funcionária constantemente, ela trabalha comigo e precisamos conversar diariamente sobre os clientes. Minha ex-namorada que tem implicância com ela porque trabalhamos juntos". 

BRIGAS CONSTANTES

Segundo o empresário, a motivação do crime foi o fim do relacionamento, que a acusada não aceitou. "Eu falei para ela da nossa diferença de idade entre outras coisas, mas ela quis de qualquer jeito. Nossa relação durou três meses até eu entender o tipo de pessoa que ela é. Quando terminei começou a perseguição, ela falando que não era para bloquear o número dela, que me daria prejuízo. Chegou a dizer que se eu não ficasse com ela, não ficaria com mais ninguém. Comecei a ver que era doentio o ciúmes dela e pedi a separação. Eu nunca dei crise de ciúmes, nem com ela, nem com ninguém", contou. 

Já a segurança patrimonial admitiu que era ciumenta, mas ressaltou que o empresário também era e as  brigas eram rotina na vida do casal. “Eu era ciumenta, mas ele também era muito. Já discutimos muito e em várias confusões ele que começava a briga”, destacou.

OUTRO PREJUÍZO

O carro não foi o primeiro bem material danificado por causa de uma briga do ex-casal. No início do relacionamento, a segurança patrimonial confessou que quebrou uma câmera fotográfica do empresário, mas que pagou pelo conserto do objeto. “Quebrei na nossa primeira briga, até me lembro o dia: 19 de janeiro. Mas me arrependi e paguei pelo conserto dela. Paguei mil reais na época e tenho o recibo”, destacou.

O empresário destacou que a câmera estava avaliada em R$3.800, e que a mulher não pagou o conserto, mas que ajudou na parcela de uma nova câmera. "Eu deixei ela pagar parte do material, até porque ela quebrou, mas eu paguei o restante porque entendo as condições dela". 

Ainda segundo o empresário, as acusações feitas pela ex-namorada de extorsão, agressão e traição são falsas. "Eu nunca traí ou agredi ela. Eu não pegaria dinheiro dela nem de ninguém, o que acontecia era que a gente dividia contas de barzinho como qualquer outro casal, apenas". 

DELEGACIA

Horas antes do carro ser incendiado, a segurança patrimonial e o empresário foram parar no Plantão Especializado da Mulher (PEM), na Ilha de Santa Maria, em Vitória. O empresário relatou que, no início da noite, ele chegou a levar a ex para um hospital e, na saída, os dois brigaram porque ele não queria reatar o namoro. 

"Ela ligou e me pediu ajuda porque estava passando muito mal, então eu decidi ajudar. Quando saímos do hospital,  ela quis ir para minha casa, lá estavam meu irmão e minha cunhada", contou. 

Segundo o empresário, quando ele pediu para a ex-namorada ir embora, a acusada teria dito que quebraria moveis da residência, momento que ele decidiu chamar a Polícia Militar

"Meu irmão chamou a polícia mas eles não chegaram. Pouco tempo depois ela ligou e disse que foi agredida. A PM chegou e  fomos todos para Delegacia da mulher. Prestei depoimento, mais fui liberado porque ela não tinha marcas nem sinal de agressão. Ela saiu primeiro da delegacia. Quando voltei para casa, ela colocou fogo no meu carro",  relatou. 

MENSAGENS

Após atear fogo no carro, a ex-namorada ainda mandou mensagens para o empresário. "Ela mandou uma mensagem para o meu celular dizendo que me amava mas que precisou fazer aquilo, disse ainda que não ia tirar a denúncia que tinha feito momentos antes na delegacia", contou.

O empresário disse ainda que deve fazer uma denúncia formal contra a ex nos próximos dias. Já a segurança patrimonial disse que vai aguardar ser chamada para depor e os trâmites da Justiça. “Ele me usou e eu compliquei minha vida. O que tiver que ser, será”, finalizou.

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