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Cinco acusados por morte de sindicalista são julgados em Linhares

Cinco acusados por morte de sindicalista são julgados em Linhares

Edson José dos Santos Barcellos foi assassinado em junho de 2010, em Conceição da Barra. Julgamento dos réus começou na manhã desta segunda-feira (24), nove anos após o crime, no Fórum Desembargador Mendes Wanderley, em Linhares. O então prefeito Jorge Donati foi apontado como mandante do crime

Publicado em 24 de junho de 2019 às 14:19

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Edma da Silva Barcellos, esposa do sindicalista, em frente ao Tribunal do Júri, em Linhares. (Loreta Fagionato)

O julgamento de cinco homens acusados de envolvimento na morte do sindicalista Edson José dos Santos Barcellos começou na manhã desta segunda-feira (24), no Fórum Desembargador Mendes Wanderley, em Linhares, região Norte do Estado. O assassinato aconteceu há nove anos, em Conceição da Barra.

Edson foi morto com um tiro na cabeça após ser sequestrado na porta de casa, em 6 de julho de 2010. Seu corpo foi encontrado um dia depois, próximo a uma plantação de eucalipto, e estava com as mãos e os pés amarrados, além de uma fita adesiva na boca. Jorge Donati, prefeito de Conceição da Barra na ocasião, foi apontado como mandante do crime. Ele chegou a ser preso em 2012, mas depois foi solto. Em 2016, Donati morreu de causas naturais.

Cinco suspeitos considerados como executores do crime são julgados. Por conta do número de réus e pela complexidade do caso, o julgamento deve ser longo. A previsão é que acabe por volta de meia-noite. Sete pessoas integram o júri, sendo quatro homens e três mulheres. O juiz André Dadalto, da 1ª Vara Criminal de Linhares, é quem está à frente da sessão.

Para a família, é um alívio ver a Justiça ser feita tanto tempo após o crime. “Não quero vingança, quero Justiça. Eles são réus confessos, a gente espera que falem 100% a verdade, que foi crime de mando, crime político. Meu marido lutava pelos menos favorecidos, ele vivia em busca dos direitos dos mais carentes”, disse a esposa de Edson, Edma da Silva Barcellos.

A vítima atuava como secretário do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Conceição da Barra (Sindisbarra) e era presidente do DEM do município. A Polícia Civil apontou que o crime foi político, pois Edson fazia denúncias contra o então prefeito.

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