> >
Cuidadora conta que assaltante usou arma para espancar idosa em Cariacica

Cuidadora conta que assaltante usou arma para espancar idosa em Cariacica

"Eu tentei defender ela de todas as formas, mas não consegui (choro). É muito triste ver uma senhora doente sendo agredida e não poder fazer nada", disse a cuidadora

Publicado em 30 de junho de 2019 às 17:35

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Cuidadora de idosos contou como foi a agressão dos criminosos. (Glacieri Carraretto)

Com um corte no rosto e uma das mãos inchada, a cuidadora de 56 anos, que estava com a idosa de 82 anos no momento em que a senhora foi agredida por bandidos, chorava enquanto via a vítima receber o atendimento do Samu.

A cuidadora foi uma das vítimas do assalto em que a idosa acabou espancada por dois criminosos, em Cariacica Sede, Cariacica, na madrugada de domingo (30). Ela chegou a lutar com um dos criminosos para tentar proteger a idosa. “Eu tentei defender ela de todas as formas, mas não consegui (choro). É muito triste ver uma senhora doente sendo agredida e não poder fazer nada”, disse a cuidadora.

Como percebeu que a casa havia sido invadida?

Ouvi um barulho, era como se alguém tivesse tropeçado em uma cadeira, e realmente quando vi depois, havia uma cadeira caída no chão. Levantei da cama pois achei que talvez fosse ela (a idosa) que estivesse tentando se levantar. Eu sai da cama com o celular da mão, quando eu cheguei na porta eu levei um empurrão. Caí sentada no chão, tomei um choque. Quando eu levantei, o bandido me puxou pelos cabelos e ficou pedindo dinheiro.

E você reagiu?

Eu comecei a bater nele com o celular, foi aí que percebi que tava batendo em cima da arma dele. Foi quando me jogou em cima de uma cadeira no chão. Eu gritei por socorro, ele tampou minha boca com a mão e apontou a arma para o meu rosto. Quando eu fui agarrarele para não bater nela, ele me deu um soco, quebrou meu óculos e me bateu de novo. Eu desmaiei e não vi mais nada.

Como ele agrediu a idosa?

A senhora que eu tomo conta não se levanta sozinha e nem fala, mas ela levantou a cabeça da cama como se fosse pra sair da cama. Ele me largou e foi pra cima dela, bateu nela umas três vezes. Cada vez que ela tentava levantar, ele batia na cabecinha dela (choro).

Qual sua reação?

Eu corri pra cozinha para tentar pegar o telefone e ele foi atrás, puxou o fio do telefone. Gritava muito, dizia que eu estava estressadinha e fazia ameaças. Depois que ele puxou o telefone, me deu um soco que quebrou meus óculos. Aí, não vi mais nada. Quando eu acordei no chão, levantei e fui pedir ajuda, passei a gritar muito.

Qual era o estado da idosa?

Eu não conseguia enxergar direito pois estava sem óculos, logo que aconteceu. Eu olhei e só via o rosto dela preto, que depois vi que eram os roxos das pancadas, não dava pra identificar que era o olho. Eu achei que ela estava morta. Foi horrível.

Como você está?

Este vídeo pode te interessar

A gente se sente impotente. Eu tentei defendê-la de todas formas mas não consegui (choro). É muito triste. Ela é muito carinhosa, ela dá muito beijinho, pois não fala. Toda hora que ela, ele dava um tapa nela. Eu preferia que tivesse feito isso comigo, mas não com ela. Meu medo era que atirasse nela. Foi um momento de muito desespero. Eu quero sair daquela casa, não fico mais aqui, não durmo mais sozinha com ela.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais