Um dia após o assassinato da auxiliar de serviços gerais Maria Madalena dos Santos, de 38 anos, a polícia prendeu Jean Silva dos Santos, ex-marido da vítima. Ele é acusado de dar seis tiros na vítima em Jardim Carapina, na Serra, no início da manhã de quarta-feira (19), quando ela saía de casa. Mais informações da prisão serão dadas durante coletiva, na tarde desta quinta-feira (20).
Antes de morrer, Maria tentou por duas vezes pedir medidas protetivas de urgência contra o acusado. O pedido mais recente foi feito há cerca de 20 dias.
A vítima estava indo trabalhar por volta das 07h10. Ela estava do lado de fora de casa, já entrando no carro da irmã, um Fiat Palio, junto com os sobrinhos. Segundo testemunhas, Jean chegou já puxando Maria Madalena para fora do veículo, a arrastando no meio da rua.
Quem viu a situação, principalmente os familiares, gritaram desesperados pedindo para que o ex-marido não machucasse a auxiliar de serviços gerais. Ele prometeu que não iria fazer nada, mas quando a ex-mulher tentou fugir, ele puxou ela pelos cabelos e levou a mulher até a esquina da casa onde ela morava.
No local, o ex deu um tiro na cabeça da vítima. Ela ainda tentou se levantar, quando ele disparou mais quatro vezes. A vítima foi atingida com dois tiros no rosto, dois nas nádegas e um na mão. Depois de matar Maria Madalena, o acusado fugiu "pedindo perdão" para a irmã da vítima, segundo relatos de testemunhas que presenciaram a ocorrência.
HISTÓRICO DE VIOLÊNCIA
O caso de Maria Madalena é mais um parecido com outros relatos de mulheres que foram assassinadas por ex-companheiros. Segundo a família, eles eram casados por 18 anos e há quatro anos se separaram, quando ele foi preso por agressões contra a mulher e uma tentativa de homicídio.
Há menos de duas semanas, ele voltou para casa e, desde então, pedia para voltar. Depois de sair da cadeia, ele chegou a ficar alguns dias na residência da ex-esposa, mas a auxiliar de serviços gerais pediu que ele saísse em menos de uma semana. Desde então, ele vinha ameaçando a mulher, dizendo que iria matar ela, até que a situação ocorreu na manhã desta quarta.
"Ele não aceitava ela estar com outra pessoa. Ficou sabendo da cadeia e mandou ameaças lá de dentro. Quando saiu, tentou reatar de várias formas, mas ela não queria. "Ela deu a chance para ele coagida, porque ele mostrou uma pistola para ela", explicou a irmã da vítima, Liliene Rosa dos Santos, de 37 anos.
Segundo Liliene, o ex-marido saiu da casa dela no último domingo (16). "Ela se sentiu ameaçada e ele ficou esses dias tentando reatar (morando na casa dela). Até para igreja foi. Mas como ela não gostava mais dele, ela não dava atenção e ele não aceitava isso. Domingo ele pegou e foi embora, explicou.
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