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Salas vazias e reforço da polícia mantido na Ufes após ameaça de ataque

Salas vazias e reforço da polícia mantido na Ufes após ameaça de ataque

Equipes da Polícia Militar e do Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas e à Corrupção (Nuroc) fazem patrulhamento pela universidade para garantir a segurança dos alunos

Publicado em 19 de junho de 2019 às 10:11

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Na manhã desta quarta-feira (19), a polícia continua na Universidade Federal do Espírito Santo. Pelo menos duas viaturas do Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas e à Corrupção (Nuroc) e uma da Polícia Militar estão no local. O policiamento foi reforçado no campus de Goiabeiras, em Vitória, na noite desta terça-feira (18), após ameaças de ataque na universidade. 

Prints de mensagens, supostamente postadas em um fórum da deep web, mostram ameaças de morte, e o autor diz que vai "matar o máximo de esquerdistas, feministas, 'viados' (sic) e negros que encontrar pela frente", nesta quarta-feira (19). 

Desde esta terça (18) à noite, equipes da Polícia Militar fazem patrulhamento no local. Por volta de 21h40,  quatro viaturas do (Nuroc) também foram para o campus.

O QUE DIZ O REITOR

O reitor da Ufes, o professor Reinaldo Centoducatte, explicou na manhã desta quarta que o funcionamento da universidade será normal. "O que nós conversamos com a superintendência da Polícia Federal e outros órgãos de inteligência, inclusive experiências que outras universidades tiveram semelhantes a nossa, é o funcionamento normal das nossas atividades. E é isso que nós estamos fazendo".

RECOMENDAÇÕES

"A orientação que nós demos, através da nota que está na nossa página, é que melhorariam a segurança, com parceria da vigilância interna nossa, com a Polícia Federal, com a Polícia Civil no esquema de inteligência e com a Polícia Militar no reforço da vigilância e policiamento no campus."

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Nós estamos fazendo tudo para que a gente tenha um ambiente em que permita-se que as atividades fluam normalmente dentro da nossa universidade. Não é possível que ameaças dessas ordens afetem o funcionamento das instituições

Reinaldo Centoducatte, reitor da Ufes
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Centoducatte também falou que os órgãos de inteligência irão fazer diligências para ver se encontram de onde partiram essas ameaças. "Chegando a elas, que eles respondam por esse tipo de procedimento que não condiz com a naturalidade do funcionamento das nossas instituições".

PÂNICO

Com a circulação das ameaças, alunos e professores ficaram com medo de frequentar o local. Nesta quarta, a movimentação é menor na Ufes. No Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE), as sala estavam vazias. Em uma delas, só tinha o professor.

"Nós sabemos que pode gerar pânico nessas atividades e, o ambiente que nós estamos construindo, é justamente para que isso não persista e o pânico não se instale junto à comunidade universitária e seus familiares", diz o reitor.

O reitor não soube dizer se já há alguma pista sobre os autores da ameaças.

Segundo Centoducatte, a orientação que a universidade recebeu de órgãos de segurança foi manter as atividades. "Nós, a partir das conversas, tomamos a decisão enquanto gestão da nossa universidade".

Com informações de Eduardo Dias, da Rádio CBN Vitória

REDES SOCIAIS

Nas redes sociais, na noite desta terça-feira (18), muitos internautas relataram que houve evacuação no prédio onde fica localizado o Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE), após ser encontrada uma pichação ameaçadora em um dos banheiros. Porém, a informação foi desmentida pela assessoria da Ufes. Nesta quarta, o CCJE está sem alunos. 

Na terça, uma estudante de biblioteconomia, de 52 anos, afirmou à reportagem do Gazeta Online que uma professora liberou os alunos para irem para casa antes do horário de saída, que é às 22h. "Na sala não se parava de falar nisso, estava todo mundo um pouco nervoso e apavorado, então a professora decidiu liberar a gente. Os alunos saíram com pressa, mas não correndo por alguma ameaça", esclareceu.

Alguns professores estão cancelando a aula desta quarta-feira (19), após as ameaças, mas a instituição reforça que as atividades estão mantidas.

CONFIRA A NOTA NA ÍNTEGRA

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Segundo a direção do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE) e da Biblioteca Central da Ufes, não houve ocorrência de pichações ameaçadoras, em banheiros dos locais. Na Biblioteca Central, o expediente foi encerrado às 21h, conforme o previsto. Já no CCJE, de acordo com a direção do Centro, não houve recomendação de dispensa dos estudantes. O funcionamento da Universidade amanhã, 19 de junho, será mantido.

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