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Teve bolsa com pertences roubados em assalto? Saiba como proceder

Teve bolsa com pertences roubados em assalto? Saiba como proceder

Em caso de chaves roubadas, o delegado Henrique Vidigal, titular da Delegacia Especializada de Segurança Patrimonial, disse que vale até trocar a fechadura de casa

Publicado em 18 de junho de 2019 às 15:19

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Uma câmera de segurança (veja vídeo acima) registrou o momento em que uma mulher teve a bolsa levada por assaltantes enquanto caminhava em uma calçada na Rua Aleixo Neto, na Praia do Canto durante a tarde desta segunda-feira (17).

Poucas horas antes, os mesmo bandidos roubaram o carro que usaram neste crime de um idoso, na Ilha de Santa Maria, em Vitória. O veículo foi encontrado no mesmo dia, já a bolsa, não. E o que fazer em caso de assaltos como esse, em que se perde documentos, cartões de crédito, comprovantes de residência e até as chaves de casa?

O delegado Henrique Vidigal, titular da Delegacia Especializada de Segurança Patrimonial, conversou com a equipe do Gazeta Online e pontuou orientações importantes e que, talvez, não passem pela cabeça das vítimas de furto e roubo. Uma delas é trocar a fechadura, além de evitar exposição em redes sociais.

190 E B.O

O boletim de ocorrência é o que passa primeiro na cabeça das pessoas, e é realmente o correto a se fazer. No caso do roubo do carro, como aconteceu nesta segunda-feira, o delegado explica que importante acionar o mais rápido o possível o 190, então a identificação do veículo irá ser incluída no sistema de videomonitoramento das Guardas Municipais, e isso facilita a recuperação do veículo.

Outro passo principal é ir até uma delegacia para registrar o boletim de ocorrência (B.O). Em casos como o da mulher assaltada, serão registrados todos os objetos que estavam dentro da bolsa. Com o registro para assegurar a vítima, as segundas vias, tanto de documentos quanto de cartões, não serão cobradas.

FALSA COMUNICAÇÃO DE CRIME

Neste passo o delegado também fala sobre a chamada Falsa Comunicação de Crime, que é uma infração com pena de 1 a 6 meses e multa, que será definida pelo juiz.

"Já houve alguns crimes desse tipo com pessoas que vão à delegacia dizendo que foram roubadas quando, na verdade, perderam o documento ou o cartão de crédito e fazem isso para economizar, já que com o comprovante do B.O não é necessário pagar a segunda via, mas isso também é um crime, chamado Falsa Comunicação de Crime. Nós alertamos às pessoas para que evitem fazer isso. A pena é de detenção de um a seis meses, além de multa aplicada pelo juiz durante o julgamento do processo", explica Vidigal.

O delegado explica ainda que, assim que for possível, a vítima de roubo entre em contato com bancos para o bloqueio de cartões de crédito de imediato e, depois do boletim registrado, aí sim, formalizar a situação com o banco e solicitar os novos cartões.

TROCA DE FECHADURAS

Ao ter as chaves de casa levadas durante um crime, delegado orienta que fechaduras sejam trocadas. (Reprodução/Pixabay)

Um passo muito importante explicado pelo delegado Henrique, e que talvez não passe muito pela cabeça de quem sofre um assalto, é a troca de fechaduras. Pensando na probabilidade das chaves de casa estarem dentro da bolsa, além da possibilidade de haver, em meio aos pertences levados, um comprovante de residência, a internet também torna fácil encontrar registros a partir do nome, que estará nos documentos, fazendo com que o criminoso possa ir até a pessoa.

Aspas de citação

Sem sombra de dúvidas a troca de fechaduras é muito importante. Hoje em dia não se precisa de muita cosia para saber onde a pessoa mora, porque há vários meios de descobrir, as vezes se consegue ver por Facebook e, se o meliante levou a chave com um documento de identificação ou comprovante de residência, é uma recomendação imprescindível fazer a troca

Delegado Henrique Vidigal
Aspas de citação

EXPOSIÇÃO EM REDES SOCIAIS

Depois de um assalto, tanto para avisar amigos e familiares, recuperar contatos ou outros motivos, quem usa rede social geralmente publica algo relacionado ao crime, mas o delegado também diz que isso não é aconselhável e frisa os posts feitos em grupos grandes, em que nem todos os membros são conhecidos. Um dos riscos neste caso são aqueles trotes que tem como objetivo extorquir a vítima a partir de uma falsa informação de sequestro, por exemplo.

"Aqueles trotes acontecem quando a pessoa é assaltada e publica em grupos de redes sociais. Ela se expõe, e também não há como saber se um criminoso esta nesse grupo. A gente aconselha que não haja exposição em local público nenhum", explica. 

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