Durante o julgamento que acontece desde a manhã desta quinta-feira (11), na 3ª Vara Criminal da Serra, o ex-militar Itamar Rocha Lourenço, acusado de matar a jovem Ana Clara Félix Cabral com cinco disparos de arma de fogo, dentro de um carro, afirmou à juíza que os tiros foram acidentais. A informação é da TV Gazeta.
Itamar alegou à magistrada que, durante uma discussão dentro do carro, a vítima teria pegado a arma, que estava ao lado do freio de mão. Para o Júri, o ex-militar disse ainda que, ao tentar tirar a arma da mão da jovem, o revólver disparou e atingiu a vítima.
Para o promotor de acusação, as respostas de Itamar não se sustentam. Além do promotor, o pai de Ana Clara também não acredita na versão do ex-militar. Abalado, o pai da vítima não conseguiu assistir o interrogatório de Itamar.
O CASO
Ana Clara e Itamar, que havia acabado de reatar a relação, saíram de uma festa em um quiosque na Praia de Camburi, Vitória. Os depoimentos constantes no processo apontam que a relação do casal era conturbada em decorrência do ciúme que o ex-PM nutria pela jovem.
A jovem foi morta com cinco tiros, dentro do carro de Itamar, no dia 5 de fevereiro de 2015. O ex-militar informou à polícia que o veículo havia sido roubado e namorada levada por um grupo de criminosos. Porém, para um amigo próximo, ele contou sobre o crime e disse onde havia jogado o corpo de Ana Clara. Ela foi encontrada morta em uma ribanceira, próximo a Rodovia do Contorno.
Após o crime, Itamar notificou a polícia dizendo que ao sair de um motel, em Cariacica, com a namorada, parou para urinar. Ele contou que nesse momento o carro dele, onde Ana Clara estava, foi cercado por criminosos, que teriam sequestrado a estudante.
A versão do então soldado não convenceu a polícia que fazia diligências para tentar localizar o sequestrador. Para um amigo, ele contou onde estava o corpo de Ana Clara e já durante a noite ele levou os policiais até o local.
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