Acusado de ter assassinado a mulher, Paulo Sérgio de Oliveira esteve presente no enterro da esposa Regiane da Silva Pereira, realizado no último dia 7 de maio, em um cemitério de São Mateus, no Norte do Espírito SAnto. Acompanhado de um amigo, ele chegou a se abaixar ao lado do túmulo. Um dia antes, o corpo da professora havia sido encontrado às margens da BR 101.
O velório durou menos de duas horas e também contou com a presença de familiares e amigos de Regiane. Apontado como principal suspeito desde o início das investigações, Paulo Sérgio foi preso provisoriamente três dias depois de ir ao enterro da esposa. Nesta quinta-feira (4), ele foi indiciado por feminicídio.
Delegado titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de São Mateus e responsável pela investigação do caso, José Estaquio concluiu que Paulo Sérgio teria matado a mulher na casa onde moravam e, depois, largado o corpo dela na BR 101, próximo à entrada da comunidade de Santa Luzia, local onde o cadáver foi encontrado, no dia 6 de maio, pela Polícia Militar.
Uma perícia inicial apontou que a causa da morte teria sido um estrangulamento. Na segunda-feira (6) de manhã, Paulo Sérgio foi trabalhar normalmente e comunicou o desaparecimento da mulher apenas à tarde. De acordo com o depoimento prestado à polícia, ele teria deixado Regiane em uma igreja. Após o culto, ela iria a uma pizzaria com uma amiga e, por isso, teria pedido para ele não buscá-la.
Entretanto, o nome de Regiane não constava entre os assinados na lista de presença da igreja. Testemunhas também afirmaram que o casal estava junto há oito anos e que ela tentava se separar dele há aproximadamente um ano. Ele, porém, não aceitava a separação. Por causa desse cenário, a irmã da vítima, Rosimar da Silva, contesta a versão do cunhado, que sempre afirmou ser inocente.
O pastor da igreja falou que ela não foi ao culto. Nas câmeras de vigilância da rua, ela também não aparece na esquina onde ele (Paulo Sérgio) disse que havia deixado a minha irmã, contou. A polícia também me disse que teriam quebrado o pescoço dela, e que só uma pessoa muito forte conseguiria ter feito isso, já que ela tinha um bom porte, continuou, em alusão à estatura do cunhado.
Juntos, Paulo Sérgio e Regiane tem uma filha adotiva de quatro anos, que logo após o crime estava sob cuidados da avó materna. Essa menina era a vida dela e, agora, chama pela mãe a todo momento, disse a irmã, durante o velório em maio, em entrevista à TV Gazeta Norte. O acusado responderá por homicídio triplamente qualificado e permanece preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) de São Mateus.
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