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Marido acusado de matar esposa no ES foi ao enterro da mulher

Marido acusado de matar esposa no ES foi ao enterro da mulher

Paulo Sérgio foi preso três dias depois. Regiane da Silva Pereira era professora e teve o corpo abandonado às margens da BR 101

Publicado em 4 de julho de 2019 às 20:39

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Paulo Sérgio é acusado de matar a professora Regiane da Silva Pereira. (TV Gazeta)

Acusado de ter assassinado a mulher, Paulo Sérgio de Oliveira esteve presente no enterro da esposa Regiane da Silva Pereira, realizado no último dia 7 de maio, em um cemitério de São Mateus, no Norte do Espírito SAnto. Acompanhado de um amigo, ele chegou a se abaixar ao lado do túmulo. Um dia antes, o corpo da professora havia sido encontrado às margens da BR 101.

O velório durou menos de duas horas e também contou com a presença de familiares e amigos de Regiane. Apontado como principal suspeito desde o início das investigações, Paulo Sérgio foi preso provisoriamente três dias depois de ir ao enterro da esposa. Nesta quinta-feira (4), ele foi indiciado por feminicídio.

Momento em que Paulo Sérgio de Oliveira (de calça), consolado por amigo, chega próximo ao túmulo da esposa. (TV Gazeta Norte)

Delegado titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de São Mateus e responsável pela investigação do caso, José Estaquio concluiu que Paulo Sérgio teria matado a mulher na casa onde moravam e, depois, largado o corpo dela na BR 101, próximo à entrada da comunidade de Santa Luzia, local onde o cadáver foi encontrado, no dia 6 de maio, pela Polícia Militar.

Uma perícia inicial apontou que a causa da morte teria sido um estrangulamento. Na segunda-feira (6) de manhã, Paulo Sérgio foi trabalhar normalmente e comunicou o “desaparecimento” da mulher apenas à tarde. De acordo com o depoimento prestado à polícia, ele teria deixado Regiane em uma igreja. Após o culto, ela iria a uma pizzaria com uma amiga e, por isso, teria pedido para ele não buscá-la.

Paulo Sérgio agachado à beira do túmulo da mulher. (TV Gazeta Norte)

Entretanto, o nome de Regiane não constava entre os assinados na lista de presença da igreja. Testemunhas também afirmaram que o casal estava junto há oito anos e que ela tentava se separar dele há aproximadamente um ano. Ele, porém, não aceitava a separação. Por causa desse cenário, a irmã da vítima, Rosimar da Silva, contesta a versão do cunhado, que sempre afirmou ser inocente.

A professora Regiane da Silva Pereira foi encontrada morta em São Mateus. (Arquivo Pessoal)

“O pastor da igreja falou que ela não foi ao culto. Nas câmeras de vigilância da rua, ela também não aparece na esquina onde ele (Paulo Sérgio) disse que havia deixado a minha irmã”, contou. “A polícia também me disse que teriam quebrado o pescoço dela, e que só uma pessoa muito forte conseguiria ter feito isso, já que ela tinha um bom porte”, continuou, em alusão à estatura do cunhado.

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Juntos, Paulo Sérgio e Regiane tem uma filha adotiva de quatro anos, que logo após o crime estava sob cuidados da avó materna. “Essa menina era a vida dela e, agora, chama pela mãe a todo momento”, disse a irmã, durante o velório em maio, em entrevista à TV Gazeta Norte. O acusado responderá por homicídio triplamente qualificado e permanece preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) de São Mateus.

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