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Motorista baleado na Serra ligou para a mulher: 'Amor, tomei um tiro'

Motorista baleado na Serra ligou para a mulher: "Amor, tomei um tiro"

"Pensei no pior, achei meu marido fosse morrer", contou a auxiliar administrativa kathiane Bilchera Bins, de 34 anos

Publicado em 24 de julho de 2019 às 13:30

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Kathiane Bins, esposa de Bruno, fala como o marido foi baleado ao sair para trabalhar. (Bernardo Coutinho)

A auxiliar administrativa kathiane Bilchera Bins, de 34 anos, esposa do motorista baleado durante uma tentativa de assalto na Serra, na manhã desta quarta-feira (24)contou que soube do crime pelo próprio marido. "Ele me ligou e disse: 'amor, tomei um tiro e estão me socorrendo.' Pensei no pior, achei meu marido fosse morrer", contou.

A mulher relatou ainda do desespero em não conseguir contato com o marido depois do crime. "Depois que ele me contou e desligou o telefone, eu ligava de volta para ter mais notícias, mas ele não atendia. Depois de várias tentativas eu fiquei desesperada e liguei para os meus sogros. Um tempo depois o motorista do ônibus me ligou e me acalmou dizendo que ele já tinha sido socorrido e que seria transferido para o hospital. O tempo todo eu pedia para eles me contatem toda verdade, eu estava com medo".

O motorista de aplicativo tem dois filhos, um menino de 9 anos e uma menina de três meses. "Eu só quero meu marido em casa de volta, bem e com saúde", finalizou.

O CRIME

Vítima foi socorrida para o Hospital Jayme dos Santos Neves, na Serra. (Fernando Madeira/Arquivo)

Um motorista de aplicativo, de 37 anos, identificado como Bruno Ramos Bins, foi baleado durante um assalto na manhã desta quarta-feira (24) entre os bairros Laranjeiras Velha e José de Anchieta, na Serra. A vítima foi encaminhada ao Hospital Jayme dos Santos Neves, no mesmo município.

De acordo com policiais militares, a vítima estava em um ponto de ônibus quando, por volta das 5h30, o criminoso se aproximou e anunciou o assalto pedindo a bolsa do motorista. A vítima teria resistido a entregar e foi atingido com um tiro no peito.

Um ônibus do Transcol, da linha 591, passou no local logo após a vítima ter sido baleada e o motorista parou para prestar socorro. Dentro do coletivo estava um colega da vítima, que trabalha na mesma empresa de transporte. O ônibus mudou a rota e levou o motorista ferido até a Upa de Carapina. De lá, a vítima foi encaminhada para o Jayme.

Pauline Bins se emociona ao falar do irmão, baleado no peito ao sair para trabalhar . (Bernardo Coutinho)

 "SENTI O MEDO DO MEU IRMÃO"

A auxiliar administrativa Pauline Ramos Bins, 34 anos, irmã do motorista, mesmo ferido, ligou para esposa e contou o que aconteceu. "Meu irmão ligou para esposa e ela nos avisou. Na hora eu senti o medo do meu irmão. Até cheguei a pensar que ele fosse morrer", disse.

A auxiliar administrativa não acredita que o irmão tenha reagido ao assalto. "Ele sempre falou do medo de estar naquela região tão cedo, ali é perigoso. Ele não faria isso. Ele é um homem maravilhoso, não se arriscaria. Pai de dois filhos, bom marido. O que fizeram com ele foi covardia".

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A vítima está na sala vermelha do hospital Jayme dos Santos Neves e será encaminhada à UTI.  A família relatou que o estado de saúde dele é grave, mas estável.

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