A Polícia Civil prendeu na tarde desta terça-feira (9) em Guarapari, Leandro Traba, suspeito de tráfico de drogas em Guarapari. Segundo as investigações, ele seria um dos responsáveis pelo laboratório de produção de cocaína no distrito de Buenos Aires, fechado ainda em fevereiro.
Além dele, Heder Luis Lopes, que já se encontrava preso desde o dia 3 de junho, também é alvo da investigação pelo Departamento Especializado em Investigações Criminais de Vitória (Deic).
Durante a ação policial comandada pelo Deic, foram apreendidos* 500 munições de fuzil calibre 556, 180 munições de calibre 12, máscaras de proteção contra gases químicos e 50 quilogramas de ácido bórico em iguais condições às dezenas de unidades encontradas em Guarapari pela Delegacia Especializada em Narcóticos (Denarc) do município.
(*Anteriormente, foi publicado que o material apreendido estava em posse de Leandro Traba. A polícia esclarece que o material estava em um imóvel vazio e que os ilícitos pertencem a Heder Luis Lopes)
De acordo com o delegado Guilherme Eugênio, titular da Denarc, três suspeitos ainda são procurados pela polícia: Marcio dos Santos, Daniel Carlos Ribeiro e Thiago dos Santos.
"O Heder, no dia da prisão pelo Deic, foi encaminhado para Viana. Já Leandro, preso pela nossa equipe de Guarapari, com apoio da PM, foi para o Centro de Detenção Provisória de Guarapari. Com relação aos outros, hoje foi realizada mais uma operação de busca, que não logrou êxito. Nossos trabalhos foram feitos com apoio de todos os DHPPs da região metropolitana, do Denarc 2 de Vila Velha e Viana e das delegacias de Guarapari", destacou a autoridade.
O LABORATÓRIO
Um sofisticado laboratório de produção de cocaína e outras drogas foi encontrado pela Polícia Civil, em Guarapari, no dia 18 de fevereiro deste ano, na área rural do distrito de Buenos Aires. A operação que culminou na localização da fábrica foi facilitada, à época, por informações fornecidas pelo disque-denúncia.
Sobre o forro do imóvel de luxo foram encontrados 4,5 tabletes grandes de pó branco, identificado como insumo para a produção de droga. Já na parte inferior da casa foram encontrados outros objetos relacionados à produção e envase das substâncias ilícitas. À ocasião, foram apreendidos sete quilos do pó branco, porções de crack e cocaína, ácido bórico, acetona, cafeína, máscaras de proteção, balanças, liquidificadores, duas espingardas, entre outros materiais.
AS INVESTIGAÇÕES
Na fase inicial da apuração criminal, foi constatado que o imóvel utilizado como laboratório pertencia a Luiz Cláudio da Cruz, de 45 anos, hoje preso, que cedia o espaço da casa para o preparo das drogas e recebia, em contrapartida, remuneração. O responsável pela fábrica era Thiago dos Santos, um dos agora foragidos, também chamado de "Tutu", 28, responsável pela chefia do tráfico de drogas na região de Seringal, em Viana.
A partir da compreensão do esquema, foram realizadas diligências para identificar todos os envolvidos. Para contribuir com a Justiça, foi realizado um acordo de delação premiada com um dos participantes do esquema.
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