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Preso último acusado de matar policial militar há 13 anos no ES

Preso último acusado de matar policial militar há 13 anos no ES

O PM Alexandre Quatros Nascimento foi morto durante um assalto no dia 13 de setembro de 2006

Publicado em 16 de julho de 2019 às 19:55

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Juliano da Silva, Vanderclebe dos Santos e Edinei Brito (falecido). (Divulgação | Polícia Civil)

Treze anos após o assassinato de um policial militar na reserva de Jacaranema, na Barra do Jucu, em Vila Velha, a polícia prendeu o último acusado de participar do crime. O PM Alexandre Quatros Nascimento, que também era presidente do Grêmio Recreativo das Escolas de Samba Independente de São Torquato, foi morto durante um assalto no dia 13 de setembro de 2006.

De acordo com o delegado Wanderson Prezotti, do Serviço de Investigações Especiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o crime aconteceu após Vanderclebe dos Santos Amparo, o Bim, Edinei Brito, o Cid,  e Juliano da Silva, o Esteirinha, praticarem vários assaltos em Vila Velha. Os acusados contaram que viram a vítima em uma estrada, parada com o carro, e decidiram praticar o crime. 

Policiais fazem perícia no carro do policial militar Alexandre Quadros encontrado morto numa praia na Barra do Jucu (14/09/2006). (Bernardo Coutinho/Arquivo)

O PM teria tentado pegar a arma, momento em que foi morto pelos criminosos, que fugiram levando celular, a arma do policial e algumas peças do carro, como o rádio.

O delegado conta que Vanderclebe já estava preso desde 2015 por outros crimes, como roubo e porte de arma. Já Edinei foi morto durante um confronto com policiais civis no dia 18 de abril de 2013, quando os policiais José Nivaldo Amaral, de 46 anos, e Leone José Pereira da Silva, de 52 anos — que eram da Delegacia de Crimes Contra a Vida de Linhares — foram cumprir mandado de prisão contra Edinei, que reagiu atirando contra os policiais. Os três morreram. 

O último a ser preso foi Juliano, que vivia em Linhares e trabalhava como autônomo, revendendo água e gás.

A Polícia Civil chegou aos acusados após descobrir onde um deles cumpria pena. Vanderclebe, que estava preso em São Mateus, foi levado à DHPP para prestar depoimento e confessou a participação no crime. Foi ele que ainda que revelou quem eram os outros participantes da ação.

Com essas informações, uma força-tarefa da DHPP  foi até Linhares, onde cumpriram o mandado de prisão temporária contra Juliano. Em depoimento, no entanto, ele nega o crime. 

OUTRAS MORTES

O delegado contou que Juliano também é acusado de matar um homem identificado como Paulo Henrique de Nascimento Soares, no bairro Gaivotas II. Em depoimento, ele informou que cometeu o crime em legítima defesa. Segundo a polícia, o preso também é suspeito de envolvimento em um duplo homicídio, que aconteceu em 30 de junho deste ano no bairro Movelar, em Linhares

HISTÓRICO

Segundo o delegado Wanderson Prezotti, todos os envolvidos na morte do policial têm uma vasta experiência no mundo do crime. Vanderclebe, por exemplo, foi preso pela primeira vez por homicídio aos 16 anos, quando matou um candidato a vereador da cidade de Santa Luzia,  Bahia, a mando do cunhado, que também era candidato a vereador. Ele também é acusado de matar outro policial militar, na Bahia. 

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Prezotti informou que o inquérito está sendo concluído e será encaminhado a Justiça.

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