O entregador Mário César Gadiol, de 30 anos, que confessou ter matado o pedreiro Aloísio da Silva Bandeira, de 43 anos, na última terça-feira (6), na Serra, chegou a pagar fiança de R$ 4 mil pelo crime de receptação, já que usou uma moto roubada para praticar o crime. Mas o valor foi devolvido à família e o suspeito recebeu prisão temporária. Isso porque, para a polícia, apesar de não ter sido preso em flagrante pelo homicídio, ele pode prejudicar o andamento das investigações.
O crime aconteceu na manhã da última terça-feira no bairro Novo Horizonte, na Serra. Câmeras de videomonitoramento da região mostram o momento exato em que Mário César ordena que o pedreiro Aloísio deite no chão. Ele dispara contra o homem e depois sai com os pertences da vítima.
PRISÃO
O entregador foi detido na madrugada da última quinta-feira (08). Em depoimento, ele confessou à polícia que cometeu o crime porque soube cinco dias antes que a filha, hoje com 12 anos, teria sido estuprada pelo pedreiro há quatro anos, quando a mulher de Aloísio, uma dona de casa, era a babá da menina.
FIANÇA
Inicialmente, o entregador foi autuado por receptação por usar uma moto com restrição de roubo. Como o crime é afiançável, o delegado Romualdo Gianordoli, titular do Departamento Especializado em Investigações Criminais (DEIC), arbitrou uma fiança de R$ 4 mil.
O pagamento chegou a ser feito pela família, que aguardou durante toda a tarde de quinta-feira (8) a liberação de Mário César. Como o crime aconteceu na terça-feira e o entregador não foi preso em flagrante, ele não poderia ser autuado pelo crime de homicídio, mesmo tendo confessado.
Porém, o delegado Romualdo Gianordoli representou, na tarde de quinta-feira (8), pela prisão temporária de Mário César pelo crime de homicídio. O pedido foi concedido pela Justiça no início da noite e o dinheiro da fiança foi devolvido a família. De acordo com o delegado, o entregador seria encaminhado na manhã desta sexta-feira (9) ao Centro de Triagem de Viana.
"Como a liberdade dele poderia comprometer as investigações, optamos por fazer o pedido de prisão. O crime é claro, houve um homicídio, mas a motivação ainda precisa ser investigada", declarou o delegado.
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