O homem que confessou ter matado o pedreiro Aloísio da Silva Bandeira, de 43 anos, na última terça-feira (6), na Serra, usou uma moto roubada a fim de simular um assalto. O crime aconteceu na manhã da última terça-feira no bairro Novo Horizonte. Em depoimento, ele confessou à polícia que cometeu o crime porque a filha teria sido estuprada pelo pedreiro há quatro anos.
O entregador foi autuado, inicialmente, por receptação por usar uma moto com restrição de roubo. Como o crime é afiançável, o delegado arbitrou uma fiança de R$ 4 mil. O pagamento chegou a ser feito pela família, que aguardou durante toda a tarde a liberação de Mário César.
Como o crime aconteceu na terça-feira e o entregador não foi preso em flagrante, ele não poderia ser autuado pelo crime de homicídio, mesmo tendo confessado. Porém, o delegado Romualdo Gianordoli representou, na tarde de ontem, pela prisão temporária de Mário César pelo crime de homicídio e foi concedido pela Justiça no início da noite de ontem.
O dinheiro da fiança foi devolvido a família. O entregador seria encaminhado na manhã de hoje para o Centro de Triagem de Viana. "Como a liberdade dele poderia comprometer as investigações, optamos por fazer o pedido de prisão temporária de 30 dias. O crime é claro, houve um homicídio, mas a motivação ainda precisa ser investigada", declarou o delegado.
O crime aconteceu na Rua Canário na manhã da última terça-feira (6) no bairro Novo Horizonte, na Serra. Mário foi preso nesta quinta-feira (8) no bairro Itanguá, em Cariacica.
CRIME TERIA OCORRIDO HÁ QUATRO ANOS
De acordo com Mário César, o estupro teria ocorrido há cerca de quatro anos quando a mulher do pedreiro Aloísio, uma dona de casa de 51 anos, era a babá da filha dele.
Atualmente, a menina que teria sofrido o abuso tem 12 anos de idade. A filha do pedreiro, a Luana dos Santos Bandeira, 23 anos, esteve no Departamento Especializado em Investigações Criminais (DEIC). No dia dia do crime ela chegou a dizer que não acreditava que o pai pudesse ter sido morto durante um assalto.
>"Não acredito em assalto", afirma filha de pedreiro morto na Serra
"Estou muito triste com esse desfecho, espero que seja mentira. Não sei o que dizer neste momento", disse, chorando, na porta do prédio do departamento.
Com informações de Diony Silva, da TV Gazeta
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