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Caso Gabriela Chermont: júri popular é adiado pela quinta vez

Caso Gabriela Chermont: júri popular é adiado pela quinta vez

Apesar de ainda não haver confirmação de nova data para julgamento, um novo júri deve ser designado para o início de outubro

Publicado em 29 de agosto de 2019 às 18:27

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Caso Gabriela Chermont segue sem julgamento. (Arquivo da família)

O julgamento do acusado da  morte da jovem Gabriela Regattieri Chermont, de 19 anos, foi adiado pela quinta vez.  A motivação agora foi a apresentação de dois laudos médicos pela defesa de  Luiz Claudio Ferreira Sardenberg. A jovem foi morta  em 21 de setembro de 1996, quando caiu do décimo segundo andar de um apart hotel em Camburi, Vitória. 

Durante esta quinta-feira (29), as redes sociais foram inundadas de protestos contra o adiamento do Júri popular, que estava agendado para o próximo dia 3 de setembro. Mas, segundo informações da Promotoria Criminal de Vitória, do Ministério Público Estadual (MPE), a inclusão de novos documentos no processo pode ocorrer até três dias antes do julgamento e é considerado um direito para as duas partes, acusação e defesa.

Neste caso, após a inclusão de dois laudos que haviam sido produzidos em 2018, pela defesa do acusado, o juiz teria que, em seguida, intimar a parte contraria a se manifestar sobre o novo documento. Assim, a Promotoria Criminal e, em seguida, a assistência da acusação, teriam que ter direito a analisar o documento. Como não havia tempo suficiente para isto até o dia 3, o julgamento foi adiado. 

A Promotoria Criminal informou que uma nova data será agendada ainda este mês, e que um novo julgamento deve ocorrer até o início de outubro. Destacou que as ações ocorridas não representam que o julgamento está sendo protelado pelo Juízo da Primeira Vara Criminal ou mesmo pelo MPE.

OUTRO LADO

"O acusado juntou documentos no tempo processual correto e nunca deu causa a qualquer adiamento. Todos os laudos periciais oficiais indicam que Gabriela suicidou-se, não existindo indícios de agressões, discussões ou lesões que sustentem a tese de homicídio”,afirma Raphael Câmara, advogado de Sardenberg.

RELEMBRE O CASO

A morte de Gabriela Chermont foi causada por queda do décimo segundo andar do Apart Hotel La Residence, situado na Avenida Dante Micheline, no bairro Mata da Praia, em Vitória, na madrugada de 21 de setembro de 1996.

Segundo consta dos arquivos processuais, a jovem e o empresário, Luiz Claudio, teriam rompido o relacionamento e, por indicação de colegas de faculdade, ela teria passado a conhecer um outro rapaz. Em uma das situações em que teriam saído juntos, para um bar na Praia da Costa, amigos do ex-namorado teriam visto e contado para ele. Nesta situação, o denunciado pelo crime passaria a manter telefonemas com Gabriela, até que teriam combinado um encontro na noite de 20 de setembro daquele ano.

Testemunhas nos autos do processo relatam que o ex-casal se dirigiu a um bar em Jardim da Penha e que depois se dirigiram ao Apart Hotel, onde ficaram hospedados no apartamento de número 1.204. Luiz Claudio, a partir daí, afirma que os dois mantiveram relações sexuais, enquanto a defesa alega que não e que, em vez disso, teriam ocorrido diversas agressões, causando inclusive quebras de dentes e escoriações na lombar, desencadeando, por fim, no arrastamento e projeção da vítima pela sacada.

Um exame toxicológico realizado à época do caso identificou que o comerciante teria feito uso de cocaína, ao contrário da alegação dele no sentido de ter tomado apenas cerveja.

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