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Família pede justiça após assassinato de professora em Linhares

Família pede justiça após assassinato de professora em Linhares

Bastante emocionada, a mãe de Suelen diz que a filha foi muito perseguida pelo ex-namorado antes de ser morta

Publicado em 5 de agosto de 2019 às 22:34

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Família pede justiça após assassinato de professora em Linhares. (Luiz Zardini/TV Gazeta Norte)

Familiares da professora Suelen Souza Silva, de 33 anos, assassinada a tiros no último dia 31 de julho, em Linhares, pedem por justiça. Em entrevista à TV Gazeta Norte, a mãe de Suelen, Maria Francisca Costa e Souza, fez um apelo emocionada.

“Eu quero pedir para todas as mães, para todas as Marias do Brasil inteiro, essas Marias que sofrem pelos seus filhos, que perdem e que um monstro ceifam a vida de um filho. Principal a mãe de Deus, porque aqui está uma mãe, uma Maria também, eu quero pedir: venha, junte-se a mim, vamos clamar por justiça, porque ele levou a vida da minha filha, que era honesta, trabalhadora, cheia de sonhos, a minha filha que eu amava”, lamenta.

Suelen decidiu terminar o relacionamento, há cerca de um mês, após descobrir que Tarcizo Santos Cortes, de 32 anos, era casado há três anos. “Eu pensei que a minha filha tinha partido sem saber que ele era casado, mas só que uma professora falou por um áudio que ela comentou onde ela trabalhava, que descobriu que ele era casado, que ele era dissimulado e, por isso, não quis mais o relacionamento”, explica a dona de casa.

De acordo com Maria Francisca, o suspeito de cometer o crime ameaçava a professora constantemente e chegou a dizer para ela que mataria Suelen. “Ele forçava, perturbava, perseguia, vivia atrás dela. Eu entrei em desespero. Ele veio na minha porta, me chamou tranquilo, com um sorriso de deboche e falou comigo: ‘Oi, sogrinha, hoje é a última vez que você vai ver a sua filha’”, conta.

O pai de Suelen, Geraldo Silva, disse que acompanhou a filha na hora de fazer o boletim de ocorrência. “Eu senti na hora que ela estava precisando de ajuda. Eu precisava ajudar ela, mas como ela era uma menina de maior, então eu só acompanhei ela para fazer esse boletim”, disse.

A professora chegou a revelar para a irmã que estava sendo ameaçada pelo ex-namorado. “No dia que isso aconteceu eu conversei com ela pela manhã, mais ou menos uma hora antes e ela estava muito feliz. Ela disse que tinha conseguido outro emprego, e eu falava com ela para ter cuidado, mas ela estava tão feliz, pelo fato dela não acreditar tanto ou dos sonhos dela ser tão maiores, fez ela não ter tanto medo”, revela a pedagoga Jéssica Souza Silva.

Jéssica ressalta que as leis precisam ser mais efetivas para que casos como este não voltem a acontecer. “Ela fez o boletim de ocorrência, mas essas leis deveriam ser mudadas, para que isso não aconteça com mais ninguém. Agora foi com a minha irmã, mas quantas já morreram, quantas já foram mortas cruelmente como fizeram com ela, então é isso que a gente pede, que seja mudado. Não vai trazer a minha irmã de volta, mas com as leis sendo mudadas, pode mudar a vida de muita gente, para que isso seja evitado”, pede.

MEDIDA PROTETIVA

Após ser ameaçada, Suelen procurou a Delegacia Regional de Linhares no dia 29 de julho, onde registrou um boletim de ocorrência e solicitou medida protetiva. A Polícia Civil enviou a solicitação para a Justiça.

Em nota, o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), disse que o pedido foi distribuído para a 4ª Vara Criminal de Linhares no dia 30 de julho e nesse mesmo dia o processo chegou ao gabinete da juíza. Ainda na terça-feira, a magistrada concedeu a medida. Ainda segundo o TJES, na quarta-feira (31) um oficial de justiça saiu para cumprir o mandado, mas a professora já tinha sido morta.

De acordo com o Tribunal de Justiça, a análise dos pedidos de medida protetiva é feita no prazo de 48 horas e que no caso da professora Suelen Souza Silva, a juíza decidiu em menos de 12 horas.

O CRIME

A professora Suelen Souza Silva, de 33 anos, foi morta a tiros na manhã do dia 31 de julho, dentro da casa onde morava com os pais no bairro Interlagos, em Linhares, no Norte do Estado. O crime aconteceu por volta das 11h.

De acordo com testemunhas, o suspeito teria pulado o muro da residência e arrombado a porta da cozinha. Ao perceber a invasão, a vítima se trancou dentro de um banheiro, mas o suspeito conseguiu arrombar a porta e efetuou os disparos.

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