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Morte de pedreiro na Serra: madrasta fala como enteada narrou abusos

Morte de pedreiro na Serra: madrasta fala como enteada narrou abusos

Foi madrasta que observou comportamentos diferentes na adolescente, que acabou dizendo que foi vítima de abuso sexual havia três anos

Publicado em 21 de agosto de 2019 às 21:41

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Foi o afastamento da família que chamou atenção da esposa de Mário César Gadiol, acusado de matar o pedreiro Aloísio a Silva Bandeira, 43, na última terça-feira (6), em Novo Horizonte, na Serra. A madrasta da menina, uma dona de casa, de 31 anos, relatou que a enteada se mutilava e se afastou dos parentes depois de ter sofrido os abusos, mas só na última semana, a menina de 12 anos conseguiu contar para madrasta sobre o crime.

"Eu vi que ela estava no canto dela, não falava com ninguém e insisti em perguntar o que estava acontecendo, foi aí que ela me falou sobre os abusos. Disse que ele (pedreiro) abusou da prima dela também", contou. 

Mário César Gadiol confessou que cometeu o crime porque sua filha foi estuprada pelo pedreiro. (Reprodução/TV Gazeta)

Segundo a madrasta da menina, ela não chegou perguntar à garota quantas vezes os abusos aconteceram, nem soube informar se foi mais de uma vez, mas contou como teria ocorrido um abuso. "Ela disse que ele tapava a boca dela e dizia que estava fazendo aquilo porque ela era a menina mais bonita da rua", afirmou.

A menina chegou a contar para a madrasta que o crime teria acontecido quando a babá, de 51 anos, esposa do pedreiro, saía de casa com as filhas e deixava a menina com o Aloísio. "Para fazer isso, ele tinha que ter tempo. Ela disse que ficava em casa com ele sozinha quando a babá saía com as filhas."

A madrasta da menina contou ainda que o companheiro ouviu a conversa que as duas tiveram e, em um segundo momento, questionou a esposa se a história era mesmo do abuso que a filha teria sofrido. Adona de casa confirmou. "Ele perguntou se era isso mesmo, eu disse que sim. Eu não mentiria para ele, se fosse comigo eu gostaria que me contassem a verdade", destacou.

A madrasta relatou que o companheiro, Mário César, não teve nenhuma reação ao saber do crime. Por essa razão, ela não imaginava que o companheiro fosse capaz de matar o pedreiro. "Ele não teve reação alguma, eu nunca imaginei que ele faria isso. Sei que nada justifica tirar a vida de alguém, apenas Deus pode fazer isso. Mas só um pai e uma mãe sabem a dor que é ver um filho passar por isso".

MORTE

A dona de casa disse que não tinha conhecimento do crime que o companheiro cometeu, destacou ainda que a menina mora com a mãe no interior e veio ficar com o pai nas férias.

"Eu não conhecia aquele homem, por isso nem imaginei que tivesse sido meu marido. Foi um susto ver a polícia na minha porta. Logo ele que nunca se envolveu em nada desse tipo", lamentou.

PRISÃO

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O chefe do Departamento de Investigações Criminais (DEIC) representou pela prisão temporária do suspeito Mário Cesar Gadiol, 30 anos, pelo crime de homicídio e foi concedido pela Justiça no início da noite desta quinta-feira (8). Ele será encaminhado na sexta-feira (9) para o Centro de Triagem de Viana.

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