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Pai diz que pedreiro morto na Serra também teria abusado da filha

Pai diz que pedreiro morto na Serra também teria abusado da filha

Homem procurou a delegacia nesta sexta-feira (9). Caso será investigado

Publicado em 22 de agosto de 2019 às 04:57

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Depois de ver as denúncias contra o pedreiro Aloísio da Silva Bandeira, de 43 anos, assassinado na última terça-feira (06), no bairro Novo Horizonte, na Serra, um homem de 44 anos procurou o Departamento especializado de investigações Criminais (Deic), nesta sexta-feira (9) para contar que a filha dele, 10, também teria sido abusada pelo pedreiro.

Aloísio da Silva Bandeira, de 43 anos, foi assassinado a caminho do trabalho. (Isaac Ribeiro)

De acordo com o pai da menina, o caso aconteceu há cerca de quatro meses, quando ele deixava a filha dele, na parte da manhã, na residência do pedreiro. A esposa de Aloísio, de 51 anos, era responsável por cuidar dos filhos de 10 e 8 anos. 

"Ela ficava lá com o irmão enquanto eu estava no trabalho. Eu descobri o que ele fez há três semanas. Cheguei a ir na casa dele duas vezes tirar satisfações, mas acabei não falando com ele".

O pai de menina disse ainda que soube do crime quando o filho mais novo insistiu para que a irmã contasse para o pai o que teria acontecido. "Minha filha contou para o irmão. Foi durante uma conversa que a gente estava tendo em família que o meu filho mais novo pediu para ela me contar. Na hora meu coração gelou, eu insisti para que ela contasse tudo, até que ela disse que ele mostrou a genitália e mandou ela pegar", destacou.

Sem acreditar no que a filha passou, o pai da menina chegou a dizer que procurou Aloísio duas vezes para tomar satisfações, mas desistiu de uma briga. "Ele era meu amigo, eu achava que um mostro desse era amigo e ele maltratando minha filha desse jeito. Eu cheguei a pensar em fazer uma besteira, depois desisti e entreguei para Deus. Alguns dias depois eu soube da morte dele, mas não imaginava que fosse porque ele abusou da filha de outra pessoa", destacou.

DOR 

Com o choro agarrado na garganta e as mãos trêmulas, o pai da menina relatou que a residência era para proteger os filhos enquanto ele trabalhava, e que se sente culpado pela dor da filha. "Eu fico me culpando, me perguntando por que não coloquei meus filhos em outro lugar? Será que eu poderia ter evitado isso?", se questionou.

O pai da vítima não conseguiu prestar depoimento nesta sexta-feira, pois precisava da presença da criança. Um agendamento foi realizado para ele voltar com a filha e uma assistente social. 

MAIS VÍTIMAS

A advogada Carolina Bianchi, que faz a defesa de Mário César Gadiol, preso por assassinar o pedreiro, acompanhou o depoimento da filha do cliente, na tarde desta sexta-feira (9). Ela diz ter sido abusada pelo pedreiro, motivo que teria motivado o assassinato. 

Ainda de acordo com advogada, outras famílias entraram em contato para dizer que o pedreiro teria feito mais vítimas. Essas famílias estariam entrando em acordo para procurar a delegacia.

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Carolina também informou que entrou com pedido de habeas corpus para conseguir que o motoboy Mário César responda em liberdade. 

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