O entregador Mário César Gadiol, 30 anos, preso na manhã desta quinta-feira (08) por matar o pedreiro Aloísio da Silva Bandeira, de 43 anos, soube há cinco dias que a filha teria sido abusada sexualmente pela vítima. De acordo com Mário César, o crime teria ocorrido há cerca de quatro anos, quando a mulher de Aloísio, uma dona de casa de 51 anos, era a babá da filha dele.
Atualmente, a menina que teria sofrido o abuso, tem 12 anos de idade.
A advogada Carolina Bianchi, que defende o acusado, contou que o entregador ouviu uma conversa entre a filha e a mulher dele, madrasta da menina, há cinco dias. Segundo Carolina, foi a primeira vez que criança relatou que havia sofrido abuso. Os pais são separados.
A menina vive com a mãe e não tinha contado nem para ela. O caso aconteceu quando ela tinha entre 7 e 8 anos. Desde então, ficou introspectiva e ter comportamentos como automutilação. A madrasta percebeu e insistiu para que a menina se abrisse, relatou.
A conversa foi flagrada pelo pai da menina. Quando a garota foi embora, Mário conversou com a atual mulher e ela reproduziu o que a menina havia revelado. Segundo a advogada, o entregador foi ao bairro onde Aloísio morava e conversou com moradores.
Ele foi na vizinhança, ouviu informações sobre o comportamento de Aloísio e, quando decidiu agir, fez com que parecesse um assalto. Vou pedir o relaxamento da prisão dele com base na inexistência de flagrante e em um motivo forte que é o estupro da filha dele, ressalta.
"NÃO ACREDITO EM ASSALTO", DIZIA FILHA
A filha do pedreiro Aloísio da Silva Bandeira, de 43 anos, não acreditava que o pai tivesse sido morto por causa de um assalto em Novo Horizonte, na Serra. Após chegar ao local do crime, na manhã da última terça-feira (06), a estudante Luana dos Santos Bandeira, 23 anos, conversou com a imprensa.
"Não sei o que pode ter acontecido, mas não acredito em assalto para roubarem dois celulares simples: um sem chip e outro que mal ele conseguia falar. Ele ia reagir por quê?".
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta