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Caso Maiara: uma semana após crime, nenhum suspeito preso

Caso Maiara: uma semana após crime, nenhum suspeito preso

Mulher foi assassinada em Cariacica, na frente da filha, de apenas 4 anos

Publicado em 19 de setembro de 2019 às 20:09

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Maiara de Oliveira Freitas foi assassinada na frente da filha. (Reprodução/Instagram)

Uma semana e um dia depois do crime que tirou a vida da operadora de telemarketing, Maiara de Freitas Oliveira, de 26 anos, ninguém foi preso. A jovem foi assassinada na frente da filha de apenas 4 anos. Na residência estava também o pai de Maiara, no bairro Antonio Ferreira Borges, em Cariacica.

De acordo com a Polícia Civil, o caso segue sob investigação pela Delegacia de Homicídio e Proteção à Mulher (DHPM) e até o momento ninguém foi preso. Procurados, a polícia informou que outros detalhes não serão divulgados.

Caso Maiara - uma semana após o crime, nenhum suspeito preso

O CRIME

Maiara de Freitas Oliveira, de 26 anos, foi assassinada por dois homens encapuzados que invadiram a casa da jovem, no dia 11 de setembro, em Cariacica. Na ocasião, os suspeitos se passaram por policiais. Apesar de ser executada na frente da filha de 4 anos, a criança não ficou ferida.

Na época, o corpo de Maiara foi encaminhado ao Departamento Médico Legal (DML), em Vitória, além disso a Delegacia de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), iniciou as investigações.

CRIME PODE SER VINGANÇA

Momentos após o crime, familiares contaram que a vítima morava no bairro há duas semanas. A jovem não tinha passagem pela polícia. A suspeita é de que a operadora de telemarketing tenha sido morta por vingança, já que há cerca de um ano, o namorado dela foi morto no bairro e Maiara teria ajudado a polícia na investigação e chegou ser ameaçada por isso. Ela se mudou para Minas Gerais e retornou a Antônio Borges cerca de 14 dias antes do assassinato.

DEPUTADO ENCOMENDA MORTE DE ASSASSINO

O deputado estadual Capitão Assumção (PSL) usou a tribuna da Assembleia Legislativa no mesmo dia em que Maiara foi morta. Ele chegou oferecer R$ 10 mil para quem matasse o suspeito de ter assassinado a jovem Maiara de Oliveira, em Cariacica.

"[Tenho] R$ 10 mil aqui do meu bolso pra quem mandar matar esse vagabundo, isso não merece tá vivo não. Eu tiro do meu bolso quem matar esse vagabundo aí. Não vale dar onde ele tá localizado não, tem que entregar o cara morto, aí eu pago”, disse o deputado durante fala no plenário.

Após o comentário, o deputado pode chegar a perder o mandato por causa das declarações dadas na tribuna da Assembleia Legislativa do Espírito Santo.

FAMÍLIA DE MAIARA SE PRONUNCIA

Um parente de Maiara, que preferiu não se identificar, se pronunciou depois da declaração do deputado estadual e destacou que a violência não é o caminho para justiça diante do abalo e sofrimento que a família está vivendo depois do crime.

POLÍCIA PEDE AJUDA PARA ENCONTRAR SUSPEITOS 

Seis dias após a morta de operadora de telemarketing, a Polícia Civil pediu ajuda para localizar os dois suspeitos que se passaram por policiais para invadir a casa de Maiara e assassina-la. 

FILHA SÓ CHAMA PELA MÃE

Com apenas 4 anos, a filha de Maiara Oliveira mudou o comportamento depois de tudo que viveu. A menina não para de chamar pela mãe.

De acordo com um familiar que preferiu não se identificar, a filha de Maiara passa o dia chamando pela mãe, e, além disso, a criança não consegue mais ficar sozinha nos cômodos da casa.“Ela não quer mais ficar sozinha nos ambientes”, pontuou.

O familiar de Maiara destacou ainda que banho, que era a atividade de a criança estava aprendendo a fazer sozinha, a menina já não faz mais. “Ela não consegue mais ficar no banheiro sozinha”.

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"Ainda não procuramos auxílio profissional como um psicólogo porque ainda estamos nos organizando com a perda de Maiara", desabafou.

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