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Homem é preso por importunar sexualmente passageiras em Transcol

Homem é preso por importunar sexualmente passageiras em Transcol

Segundo a Polícia Militar, que atendeu a ocorrência, a cobradora do Transcol acionou a Polícia após relatos de passageiros de que o homem estaria excitado dentro do coletivo

Publicado em 25 de setembro de 2019 às 13:00

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Um homem foi preso por importunar sexualmente passageiras de um ônibus do Transcol na manhã desta quarta-feira (25) quando o coletivo passava por Jardim Camburi, em Vitória

Segundo a Polícia Militar, que atendeu a ocorrência, a cobradora do Transcol acionou a Polícia após relatos de passageiros de que o homem estaria excitado dentro do coletivo. Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, uma vítima desceu do coletivo pois o acusado teria esfregado o órgão genital no ombro dela.

Acionados, policiais militares seguiram para o local, mas o homem resistiu à prisão e foi necessário o uso de força moderada para contê-lo. Ele foi detido e encaminhado à Delegacia Regional de Vitória.

ENTREVISTA

Briza Moreira, 40 anos, denunciou o assédio. (Caíque Verli)

Vítima do homem preso por importunação sexual, a estudante de segurança do trabalho Briza Moreira, 40 anos, contou como tudo aconteceu.

Como foi o assédio?

Estava indo para um treinamento em Jardim Camburi. Ele entrou no mesmo ônibus que eu e estava já excitado. Ele olhou para uma senhora sentada atrás de mim com a filha e ela, incomodada, questionou o que estava incomodando ele e ele olhando para filha dela, que deve ter uns 12 anos. Depois, ele arredou para perto de mim e começou a roçar no meu ombro e eu empurrei ele com o ombro. Depois ele foi mais pra frente e começou a ficar mais próximo da roleta que tinha só mulheres. Ele foi atrás de uma outra moça e quase encostava nela. Olhava para as nádegas dela e ficava excitado. Toda mulher que passava ele tentava encostar.

O que você fez?

Levantei incomodada com aquilo e fui até a cobradora avisando que tinha um tarado incomodando todo mundo, para ela avisar o motorista, mas ela não avisou. Desci no ponto que tive que descer e, quando cheguei no local, comecei a ligar para Polícia, que foi me buscar.

Você já andava com medo dentro dos ônibus?

Já. Inclusive sento no corredor por medo, pra não ser assediada. Já tinha sido assediada por um outro homem no passado, que passou a mão na minha coxa. Dei um beliscão nele e levantei. A mulher anda com medo o tempo todo. A gente prefere ficar mais em pé do que sentada e evita ao máximo encostar nos homens porque a gente não sabe o que pode acontecer.

Qual sentimento que fica diante de uma situação dessas?

De impotência total. Nós ficamos constrangidas com uma situação dessas porque não tem necessidade disso. É uma falta de respeito.

O que você espera daqui para frente?

Espero que as mulheres denunciem mais e que seja feita a Justiça. E que a mulher tenha liberdade de ir e vir com a roupa que quiser e na hora que quiser.

O que diz a PM 

A Polícia Civil informou que após as partes envolvidas serem ouvidas, decidiu que não havia como autuar o conduzido. O delegado do caso concluiu que o rapaz, embora tenha, em tese, praticado a conduta descrita no art. 215ª do CPB, demonstrou sinais de problemas psiquiátricos, aparentando não estar em plena capacidade mental para responder pelos seus atos. Foi solicitado o apoio do SAMU na delegacia e os socorristas, também tiveram a mesma percepção, sendo o detido encaminhado ao hospital psiquiátrico Adalto Botelho.

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