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'Dois a um (pela condenação) seria uma vitória', diz Gilberto Carvalho

'Dois a um (pela condenação) seria uma vitória', diz Gilberto Carvalho

Placar garante recurso mais vantajoso para defesa do ex-presidente

Publicado em 23 de janeiro de 2018 às 10:27

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Gilberto Carvalho. (Elza Fiuza/ABR)

Um dos principais auxiliares de Lula durante o seu período na Presidência da República, Gilberto Carvalho afirmou na segunda-feira não ter grandes expectativas em relação ao resultado do julgamento do ex-presidente, na quarta-feira, pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). Ele avaliou que uma condenação por dois votos a um já seria positiva para o petista.

— Não tenho grandes ilusões em relação ao julgamento. Dois a um (pela condenação) já seria uma vitória — disse Carvalho, ex-chefe de gabinete da Presidência, durante ato realizado pelo PT em Porto Alegre.

Caso Lula seja condenado por dois a um, os seus advogados poderão apresentar um recurso chamado de embargo infringente no próprio TRF-4. A corte marcaria então um novo julgamento com a participação dos mesmos três desembargadores da 8ª turma e outros quatro desembargadores.

Se houver possibilidade de embargo infringente, o processo de Lula na segunda instância pode se prolongar por muitos meses e só ser encerrado depois da eleição presidencial, em outubro. Se houver uma condenação por 3 a 0, cabem apenas embargos de declaração, que têm uma tramitação mais rápida.

Além disso, quando o processo terminar de ser julgado na segunda instância, ou seja quando houver o trânsito em julgado, Lula pode ter a sua prisão decretada. Petistas reconhecem reservadamente que com o placar de 3 a 0 será mais difícil manter a candidatura de Lula de pé até a eleição.

‘ATO VAI SER MAIOR'

Além de falar sobre a sua expectativa para o placar do julgamento, Carvalho disse ontem que espera que os atos pró-Lula em Porto Alegre reúnam mais simpatizantes do que os realizados em maio do ano passado, na época do primeiro depoimento do petista ao juiz Sergio Moro.

— Acho que vai ser maior que Curitiba.

Na ocasião, a Polícia Militar do Paraná estimou que, pelo menos, 5 mil pessoas se reuniram para apoiar Lula na capital paraense. Os organizadores falaram em 50 mil participantes.

O ex-chefe de gabinete de Lula também acredita que as manifestações de Porto Alegre servirão como teste para saber se Lula e o PT são capazes de reunir simpatizantes fora de suas fileiras. Como os movimentos contra o petista, como o MBL e o Vem Pra Rua, também convocaram atos, os dois lados teriam a chance de confrontarem as suas capacidades de mobilização.

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— Vamos testar a nossa capacidade de mobilizar além da militância.

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