O delegado Márcio Anselmo vai deixar a Corregedoria da Polícia Federal no Espírito Santo. Um dos responsáveis por dar início à Operação Lava Jato no país, o policial assumirá a chefia da Divisão de Crimes Financeiros (DFIN), em Brasília, e ficará responsável pelas apurações sobre lavagem de dinheiro no país.
A informação foi confirmada pelo diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado, delegado Eugênio Ricas, que conversou com Márcio Anselmo nesta quarta-feira (10).
"Ele é um delegado extremamente experiente, foi o pai da Lava Jato. Terá muito a contribuir fazendo essa coordenação em todo país. Reforça, mais uma vez, nosso compromisso no combate à corrupção", afirmou Ricas, que é ex-secretário de Transparência do Espírito Santo.
Anselmo foi nomeado corregedor da PF no Espírito Santo em março de 2017. Ele passou a atuar no Estado após deixar a força-tarefa da Lava Jato alegando "questões de natureza pessoal".
Também está de saída o delegado Luciano Flores, outra figura importante da Lava Jato. Ele é o delegado regional executivo da PF no Estado, mas assumirá a superintendência da instituição no Mato Grosso do Sul. Flores está de férias. Ele e Anselmo devem deixar o Estado em fevereiro.
Superintendente vai discutir substituto com diretor-geral
O superintendente da PF no Estado, delegado Ildo Gasparetto, afirmou que discutirá a substituição de Márcio Anselmo com o chefe nacional da PF, Fernando Segóvia.
"Vou ter que aguardar. A publicação da nomeação demora. E vamos verificar se chamamos alguém de outra superintendência ou se alguém daqui. Vou conversar com o diretor-geral. É normal isso acontecer quando há transferências", comentou Gasparetto.
A reportagem não conseguiu contato com Márcio Anselmo para que ele comentasse.
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