Enquanto a Polícia Federal se prepara para um 2018 duro, em que auxiliará o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra as chamadas fake news (notícias falsas) durante as eleições, um de seus delegados já tem sido alvo daqueles que propagam mentiras na internet.
De férias, o corregedor da PF do Espírito Santo, Márcio Adriano Anselmo, postou na manhã desta segunda-feira (15), em sua página no Facebook, imagem de um perfil falso que criaram dele na rede social. No texto, Anselmo pede que seus seguidores denunciem a página.
Através da imagem divulgada pelo policial federal é possível constatar alguns erros entre um perfil e o outro. Na página "fake", seu nome vem escrito como Marciomarcelo Anselmo (com esta grafia). Sua formação também difere entre as páginas.
Enquanto na falsa diz que o corregedor estudou na Universidade Federal de São Paulo, no seu perfil particular diz que Anselmo estudou Direito na Universidade de Londrina e Direito Internacional na Universidade Católica de Brasília. A reportagem procurou pelo perfil mentiroso na tarde desta segunda (15), mas não mais o encontrou.
Márcio Anselmo foi responsável pela investigação originária do escândalo de corrupção na Petrobras e, por isso, é chamado de pai da operação. Ele assumiu a Corregedoria da Superintendência da PF no Espírito Santo em março do ano passado, após deixar a força-tarefa da Operação Lava Jato um mês antes, alegando esgotamento físico e mental após mais de três anos de atuação nela.
No Facebook, o corregedor também é famoso por ser atuante e fazer comentários sobre questões políticas do país. Em uma destas publicações, Anselmo critica notícia de que a defesa do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) questiona atendimento médico no Complexo Penitenciário da Papuda, onde o político está detido por lavagem de dinheiro.
Junto ao compartilhamento da reportagem do Estadão, o policial federal escreveu: "E assim vamos... até a soltura após décadas enrolando o processo com recursos intermináveis..."
Em outra postagem, Márcio Anselmo critica notícia de que um deputado se aposentou "depois de apenas dois anos de mandato" e escreve: "Mas o problema está na aposentadoria do servidor público...".
Márcio Anselmo, que assumirá a chefia da Divisão de Crimes Financeiros (DFIN) da Polícia Federal, em Brasília, foi contactado por A GAZETA, mas não pôde atender a reportagem.
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