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Para Temer, julgamento de Lula mostra 'instituições funcionando'

Para Temer, julgamento de Lula mostra "instituições funcionando"

Presidente tem agenda prevista em Davos no dia da sessão que vai confirmar ou contestar condenação de ex-presidente, em Porto Alegre

Publicado em 23 de janeiro de 2018 às 18:55

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Michel Temer, Presidente da República. (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mostra que as instituições brasileiras estão "funcionando com tranquilidade". A avaliação é do presidente Michel Temer, que nesta terça-feira (23) desembarcou em Zurique e, amanhã (24) segue para o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

Sua participação, porém, coincide com o julgamento do ex-presidente, em Porto Alegre, nesta quarta-feira (24) pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4). Ainda que empresários e organizadores tenham declarado à reportagem que estarão com um olho em Davos e outro no tribunal brasileiro, Temer insiste que não há risco de "mal-estar". "Não acredito que isso ocorra. Não vai causar mal-estar nenhum. É natural", afirmou ele ao entrar em seu hotel em Zurique.

"Isso significa que as instituições brasileiras estão funcionando com toda a tranquilidade, o que naturalmente dá muita segurança para quem quer investir no País", disse Temer.

O presidente indicou que sua esperança é de que, com sua participação em Davos, "os investidores se interessem cada vez mais pelo Brasil".

INCÓGNITA

Entre os organizadores, não se esconde o fato de que tão importante quanto ouvir a mensagem de Temer nesta quarta será saber o que ocorrerá em Porto Alegre, 10,5 mil quilômetros de distância de Davos.

Em declarações à reportagem, o presidente do Fórum, Borge Brende, insistiu na semana passada que o empresariado internacional aposta no fato de que 2018 será um ano de recuperação para a economia brasileira. Mas ele também admitiu que o julgamento de Lula é "uma incógnita". Sua avaliação é a mesma traçada por diversos outros organizadores consultados pela reportagem.

Davos, porém, deixa claro que colocou o palco para que as autoridades brasileiras possam dar suas versões do que ocorre no País. Numa delas, Temer, empresários e banqueiros falarão sobre a tarefa de "moldar a nova narrativa do Brasil".

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Organizadores do evento admitiam que sabiam da coincidência das datas. Mas, não por acaso, o principal discurso de Temer em Davos ocorre na manhã desta quarta-feira, quando o processo de Lula no Brasil nem mesmo terá sido iniciado.

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