> >
Rose de Freitas é cotada para ministério no governo Temer

Rose de Freitas é cotada para ministério no governo Temer

Senadora, no entanto, diz que está focada na política do Espírito Santo. Ela pode disputar o governo do Estado

Publicado em 18 de janeiro de 2018 às 19:42

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
(Marcos Correa | PR)

A senadora Rose de Freitas (PMDB) é cotada para ocupar um mandato-tampão como ministra no governo do correligionário Michel Temer. A informação, veiculada pela coluna Radar, da revista "Veja", foi confirmada pela própria senadora à reportagem do Gazeta Online nesta quinta-feira (18). Rose, no entanto, está mais entusiasmada em viabilizar sua candidatura ao governo do Estado. Para concluir a empreitada resta saber o caminho a ser seguido pelo governador Paulo Hartung (PMDB), que pode tentar a reeleição.

"Algumas vezes já conversamos sobre isso (de ocupar um ministério), mas uma conversa genérica", pontuou a senadora. "Ser sondada vem desde o governo Dilma (PT), mas sempre disse que minha bandeira é o Espírito Santo mais forte", complementou.

Desta vez, o nome de Rose é cotado para ocupar uma pasta devido à reforma ministerial. Alguns titulares devem deixar o governo (como já fizeram os então ministros da Indústria e Comércio, Marcos Pereira, e do Trabalho, Ronaldo Nogueira) para disputar a eleição. O prazo para a desincompatibilização é o dia 7 de abril. 

Rose não diz para qual ministério foi sondada. Mas lembra que é preciso saber quem realmente vai deixar a Esplanada. "O ministro das Cidades (Alexandre Baldy) é de um grupo político que fala que ele não será candidato, mas tenho minhas dúvidas", deixou no ar.

Ela não descartou virar ministra, apesar de afirmar que não é algo que está em seu horizonte agora. "Política é uma construção coletiva. Se eu mudar de ideia será uma atitude coletiva do meu partido no Estado e em nível nacional", ressaltou.

Rose conta, ainda, que reuniu-se com o presidente Temer nesta quarta (17), mas que um eventual mandato-tampão (é tampão porque seria de abril a dezembro, quando o governo chega ao fim) não entrou em pauta. "Falamos sobre reforma da Previdência, Aeroporto de Vitória e programas do governo federal", disse. 

DEBATE

Na entrevista, ela reiterou diversas vezes que está de olho mesmo é na política capixaba e que se decidir disputar o governo vai defender isso na convenção do PMDB, mas disparou críticas ao próprio partido. "O PMDB é um partido de pouca discussão política e pouca atitude democrática de ouvir pretensões e propostas. O PMDB faz poucas reuniões. Fez uma na Assembleia, que achei positiva, diante da inquietação que todos têm. O partido tem que se reunir para discutir o que eu estou pensando, o que está pensando o ex-prefeito de Ponto Belo... e até agora não vi isso acontecer. É preciso abrir o debate para os municípios falarem e eu também", disparou. 

Para ser candidata ao governo do Estado, além de depender de Hartung não se lançar à reeleição pela legenda, ela ainda teria que vencer a resistência dele, uma vez que Rose e Hartung nunca foram melhores amigos. O presidente do PMDB no Estado, deputado federal Lelo Coimbra, é um dos maiores aliados do governador.

Rose diz que a postura de "portas fechadas" não é exclusividade do partido no Espírito Santo. "O partido tem que mudar ou as pessoas vão se mudar de partido", alertou. Será que a senadora vai sair do PMDB? "Não tenho a menor pretensão de sair do PMDB, mas um partido de portas fechadas me incomoda muito", respondeu. 

"CARINHO"

Procurado pela reportagem, Lelo Coimbra disse que o canal de diálogo está aberto com a senadora e que, inclusive, antes do Natal Rose solicitou uma reunião da Executiva do partido. O encontro ocorreu, mas de acordo com Lelo, a própria senadora não compareceu.

"Nós conversamos com os municípios semanalmente e conversamos e conversaremos com a senadora Rose, pela qual temos muito carinho", afirmou o deputado. Ele sustentou, ainda, que "quaisquer pretensões têm legitimidade e não há nenhuma restrição".

Este vídeo pode te interessar

Quanto à possibilidade de a senadora ocupar um ministério, Lelo, que é líder da maioria do governo Temer na Câmara, avaliou que  seria "muito bom". "A Rose é trabalhadora e seria uma experiência importante para ela. Não é uma discussão ampliada, mas se essa oportunidade surgir serei militante dessa causa", complementou.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais