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Três meses após ordem de prisão, Valci Ferreira continua foragido

Três meses após ordem de prisão, Valci Ferreira continua foragido

Ordem de prisão contra o conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado entrou no banco de mandados de prisão no dia 24 de outubro

Publicado em 19 de janeiro de 2018 às 19:04

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Valci Ferreira no Tribunal de Contas ainda em 2007, antes de ser afastado . (Chico Guedes | Arquivo)

O conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado, Valci Ferreira, que teve a prisão decretada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), continua foragido.

A ordem de prisão foi cadastrada no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP) em 24 de outubro de 2017, cinco dias após a decisão do STJ. Até hoje, 87 dias depois do cadastro, Valci ainda não foi preso.

Na manhã desta sexta-feira (19) circulou boato de que Ferreira havia sido, enfim, preso, mas o advogado dele, Ludgero Lundgren, disse apenas: "Não estou sabendo de nada". Acionada pelo Gazeta Online, a Secretaria de Estado de Justiça (Sejus) informou que Valci não deu entrada no sistema prisional.

Valci foi condenado a dez anos de prisão por peculato e lavagem de dinheiro. No mesmo processo está o ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Carlos Gratz, que foi condenado a cinco anos e meio. Gratz se entregou à Justiça em 21 de novembro, após 28 dias foragido.

ENTENDA

O principal fato da denúncia que levou à condenação de José Carlos Gratz e Valci Ferreira refere-se à contratação, feita pelo ex-presidente da Assembleia, de seguro de vida coletivo dos deputados estaduais, caso conhecido como "Seguro da Assembleia". Nele, as corretoras recebiam 70% do valor do prêmio do seguro. Parte do recurso desviado foi destinada a Valci por meio de cheques emitidos pela seguradora e de um contrato fictício assinado com outros réus da ação penal. Segundo sustentou o Ministério Público Federal (MPF), Valci, durante o período que foi presidente da Assembleia (1991-1993), teria dado origem ao esquema dos seguros.

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Pesa ainda contra Valci a acusação de ter lavado o dinheiro por meio do Frigorífico Beija-Flor, que também era usado para dissimular a origem ilícita de recursos desviados da construção de ginásios no interior do Estado.

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