> >
Luciano presta contas sem dificuldades na Câmara de Vitória

Luciano presta contas sem dificuldades na Câmara de Vitória

Único embate foi com o vereador Roberto Martins, que questionou situação de algumas escolas do município

Publicado em 22 de fevereiro de 2018 às 02:02

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
O prefeito de Vitória, Luciano Rezende (PPS), presta conta aos vereadores na Câmara Municipal. (Kleber Amorim)

Em uma sessão que durou cinco horas na Câmara de Vitória, nesta quarta-feira (21), o prefeito Luciano Rezende (PPS) quase não enfrentou resistência dos vereadores quanto a prestação de contas do Executivo em relação ao segundo semestre de 2017. 

Com um vídeo de cerca de 10 minutos, Luciano apresentou dados de sua gestão durante o período do ano passado. O mesmo foi enviado depois para o WhatsApp dos parlamentares. Em seguida, os vereadores tiveram a palavra para comentar a prestação de contas, com o prefeito respondendo em seguida aos questionamentos. Com a maioria dos discursos elogiosos, os vereadores também lembraram demandas de suas bases eleitorais. Mas o ponto alto mesmo ficou no embate entre o vereador Roberto Martins (PTB) e o prefeito.

Entre outras críticas, o parlamentar passou um "slide" com fotos de uma série de escolas com supostos problemas estruturais na Capital, o que fez o prefeito, durante sua vez de falar, responder de forma bastante áspera o vereador, fazendo uso das mesmas imagens das escolas.

"Queria passar um slide para vocês, que é um resumo do que eu encontrei em 2017, em blitz nas escolas de Vitória. Visitei cerca de 20 delas, para a gente ter uma ideia da situação", disse o vereador, elencando problemas como rachadura de pisos, goteiras e outros estruturais.

Luciano Rezende rebateu afirmando que parte das fotos apresentadas foi feita de forma fechada e não mostrava a real situação. Ele desafiou para que novas imagens fossem feitas para mostrar como estariam as unidades de ensino hoje.

"Aqui nesta foto, de novo um close de um trincadinho de azulejo. Se abrir a imagem vai encontrar computador, vai encontrar brincadeira de criança..."

Em relação a uma escola do Romão em situação precária questionada pelo parlamentar, o prefeito disse que "se o vereador atravessasse a rua iria saber que as crianças do colégio estão recebendo transporte para estudar" no que ele chamou de "uma superescola na Ilha de Santa Maria".

Mas pararam por aí os embates. Nem mesmo Max da Mata (PDT), desafeto de Luciano, criticou o prefeito de forma dura. O vereador usou um tom mais brando para também tratar a questão de escolas, entre outros assuntos.

Mesa Diretora

Apesar do tema não ter sido citado durante a prestação de contas, as movimentações para a eleição da Mesa Diretora, que acontece em agosto, já estão a todo vapor. Pelo menos quatro nomes já estariam postos para assumir a cadeira hoje ocupada pelo presidente Vinícius Simões, que é do PPS, partido de Luciano.

O primeiro é o do vereador Leonil (PPS), líder do prefeito na Casa, que vem adotando um discurso de que está mais preocupado com o mandato, mas que nos bastidores sua candidatura é dada como certa. O parlamentar teria o apoio dos correlegionários Vinícius Simões, Waguinho Ito e Denninho Silva, mais Wanderson Marinho (PSC).

"Estou muito focado no meu mandato até chegar o momento de discutir, aí vou seguir a orientação do meu partido. Hoje está muito distante a discussão para a Mesa Diretora, nosso foco está no PDU (Plano Diretor Urbano)", alega.

Questionado se o PPS sairia na frente da disputa entre os partidos que compõem a base do Executivo, Leonil disse que o seu partido com quatro nomes na Câmara está unido "seja em prol de uma candidatura de alguém que seja de uma sigla da base, como de uma própria candidatura interna. Mas essa é uma discussão que será realizada mesmo mais para junho", garante.

Outro nome é de Mazinho dos Anjos (PSD), conforme foi adiantado pela coluna Vitor Vogas na segunda-feira (19). O vereador voltou a falar que é candidato nesta quarta e acrescentou que já tem o apoio de três vereadores, de Roberto Martins e de Max da Matta, situados na oposição, e de Dalto Neves (PTB), da base do prefeito.

"Uma crítica que fiz ano passado e continuo fazendo é que o nosso regimento é para quando tinham 21 vereadores na Casa. A chapa tem que ter sete e quando então você tem uma chapa com esse número, com os 15 vereadores atuais, pois se reduziu o número, você não vai ter uma eleição nunca. Vai se resolver as acomodações antes que tenha disputa. Se for uma chapa de três com os cargos de presidente, 1º e 2º secretário, você consegue ter disputa, pode montar até umas três chapas, mas nesse modelo não dá, tem que ser através mesmo de um movimento de convencimento", conta.

Outros nomes também foram ventilados como aspirantes à Presidência da Casa de Leis: o vereador Luiz Paulo Amorim (PV) e Cleber Felix (PP), que teria o apoio de Davi Esmael (PSB). Ambos pré-candidatos são da base de Luciano Rezende.

"Tenho interesse. Estou disposto, se os vereadores entenderem que meu nome é bom, aceito o desafio. Todo processo eleitoral é de convencimento, claro que vou tentar agregar o máximo que puder para alcançar a quantidade para ser eleito, mas vejo o Leonil como bom candidato, e meu nome também. Não vejo dificuldades, porque sou da base do prefeito, estou junto, voto os projetos", disse.

Questionado sobre as movimentações ocorridas na Câmara em relação a Mesa Diretora, o prefeito Luciano Rezende desconversou. 

Este vídeo pode te interessar

"Aprendi nos meus quatro mandatos como vereador que todos os 15 podem ser candidatos. E isso é um assunto interno da Câmara. Respeito profundamente o Legislativo e durante três eleições que passaram em meu mandato, eu respeitei", afirmou o prefeito.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais