> >
Luciano Rezende: 'Há um grupo se fortalecendo para renovar a política'

Luciano Rezende: "Há um grupo se fortalecendo para renovar a política"

Para o prefeito de Vitória, chegada de Luiz Paulo ao PPS anima cenário político no Estado

Publicado em 19 de fevereiro de 2018 às 20:12

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Luciano Rezende. (Gabriela Singular)

O prefeito de Vitória, Luciano Rezende (PPS), comemorou a chegada ao partido do ex-prefeito da Capital, Luiz Paulo Vellozo Lucas, classificado por ele como como "um técnico brilhante, com capacidade de formulação reconhecida no Brasil inteiro". Luciano também afirmou que há um grupo se fortalecendo para "renovar a política" no Espírito Santo.

Em entrevista ao Gazeta Online, Luciano minimizou a marca do equilíbrio fiscal conquistada pela gestão Paulo Hartung (PMDB). Para ele, manter as contas equilibradas é "obrigação".

O prefeito também disse que o grupo político do qual faz parte está aberto "a quem quiser contribuir para um novo projeto voltado para colocar o Espírito Santo em condições de enfrentar seus desafios ainda não superados, como na segurança pública, no atendimento em saúde e na transparência das relações".

Luciano afirmou que deve permanecer à frente do Executivo municipal, mas que participará ativamente da próxima campanha. "Acho que a política não precisa ser ambiente de dissimulação e de falsidade. Vou defender esses valores", declarou.

ENTREVISTA

Como avaliou a decisão de Luiz Paulo de sair do PSDB para o PPS?

Estou conversando com Luiz Paulo há muito tempo. Ele esteve comigo na campanha de reeleição numa postura generosa, corajosa e que nos ajudou a defender a cidade de Vitória, e garantir continuidade da nossa gestão. E esse processo, depois de 2016, se manteve. Luiz Paulo faz parte do comitê de gestão e inovação da Prefeitura de Vitória. Ele é um técnico brilhante, com capacidade de formulação reconhecida no Brasil inteiro. Com capacidade de formulação de políticas públicas que o Brasil precisa muito e que o Estado do Espírito Santo precisa. Estou muito feliz porque as conversas que foram se aprofundando culminaram com a filiação dele ao PPS. Como ele mesmo disse, é um reencontro com a sua história política e partidária e com as nossas ações do PPS e dele em Vitória e no Espírito Santo.

Vai haver um evento para filiação?

Certamente. Vamos discutir a partir do anúncio. Luiz Paulo ficou de fazer esse anúncio quando achasse conveniente. E hoje ele me ligou de manhã e disse que faria hoje. A partir do momento que faz o anúncio vamos marcar a filiação. Temos vários atores políticos dialogando para construir um caminho para o Espírito Santo, para que possa superar seus desafios, principalmente em segurança pública, saúde, nas práticas e nas relações com mais diálogo, mais generosidade. Mais transparência. Tudo isso faz com que busquemos colocar o Espírito Santo no século XXI, na gestão pública do século XXI, que é horizontal, compartilhada, de diálogo. Um modelo em que as famílias mais necessitadas tenham voz. É a vitória de um esforço coletivo para construir essa forma compartilhada de fazer a defesa dos interesses dos capixabas. Basicamente é esse sentimento que vai nortear filiações, convite dos parceiros que estarão conosco nesse grande movimento que vai ganhando formato e força.

Esse grupo composto pelo senhor, Luiz Paulo, Renato Casagrande e Marcus Vicente é um grupo de oposição ao governo?

Eu acho que esse grupo é a favor do Espírito Santo, de renovar a política no Espírito Santo e colocar o Espírito Santo em condições de enfrentar seus desafios ainda não superados, como na segurança pública, no atendimento em saúde, diálogo, relações mais transparentes, verdadeiras, horizontais com as pessoas. Respeitando todos os segmentos da sociedade, os mais fracos também. Isso é um movimento. Quem quiser participar desse movimento que está tomando força e ficando cada vez maior é muito bem-vindo.

Com relação a esse movimento, em que posição o senhor colocaria a senadora Rose de Freitas?

A Rose tem ajudado a cidade de Vitória imensamente. É uma pré-candidata ao governo e tem todo carinho e respeito do PPS. Esse processo vai se afunilando para uma definição de candidatura mais perto do registro, em abril ou agosto. A Rose tem ajudado muito a cidade de Vitória. É senadora atuante e temos um diálogo permanente com ela. A decisão vai ser tomada lá na frente. Quem será candidato a o quê é uma decisão que tem que ser tomada coletivamente. E tenho certeza que todos estarão juntos em um movimento de defesa dos interesses dos capixabas e renovação no Espírito Santo.

Que papel terá o senhor nesta eleição? O senhor deve ficar na prefeitura? Atuará de que maneira?

Exatamente. De forma intensa na defesa de uma nova prática política no Espírito Santo e que o Estado entre de vez no modelo de gestão no século XXI, que é um modelo compartilhado, horizontal, de diálogo, de respeito, de transparência, de práticas verdadeiras com a sociedade, generosas, confiáveis. Acho que a política não precisa ser ambiente de dissimulação e de falsidade. Vou defender esses valores. Precisamos vencer grandes desafios. Vou dar toda minha energia para que o Estado possa se renovar.

A administração do governo do Estado é elogiada nacionalmente, tornou-se referência em meio a Estados em situação muito ruim. O que o senhor fala como gestão do século XXI é algo muito diferente disso?

Este vídeo pode te interessar

Lógico. O equilíbrio fiscal é obrigação. A honestidade e a seriedade na política é obrigação. O Brasil está com a situação tão deteriorada que às vezes o que é obrigação é visto como coisa extraordinária. Mas governo é muito mais que equilíbrio fiscal. E olha que luto por isso e a Prefeitura de Vitória dá exemplo disso. Mas é preciso governar superando desafios sociais. Uma segurança pública que não consegue funcionar adequadamente traz baixa da qualidade de vida enorme. Um sistema de saúde que não atende a população e não é bem avaliado traz baixa da qualidade de vida enorme. Setores mais frágeis da sociedade que não tem voz e vez provocam fragilidade social que é muito comprometedora da qualidade de vida do ambiente que queremos viver. Então, acho que estamos com grandes desafios no Estado e todos que têm projetos e ideias precisam se levantar, falar, debater para aproveitarmos o processo eleitoral e decidir pela sua renovação, por entrar de vez na política do século XXI e deixar para trás de vez a política do século XX, que é uma política atrasada e que afundou o país. Equilíbrio fiscal é obrigação. É necessário muito mais do que isso.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais