A Polícia Federal pediu nesta terça-feira (20) a prorrogação, por mais 60 dias, da investigação contra o presidente Michel Temer no caso do decreto envolvendo o setor portuário. Essa é a terceira vez que a polícia pede a prorrogação do prazo e pode não ser a última, uma vez que não há limite legal de prazo para as investigações.
O pedido será analisado pelo ministro Luís Roberto Barroso, relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF). Em geral, os ministros da corte pedem a opinião da Procuradoria-Geral da República antes de tomar uma decisão.
A PF apura se o presidente recebeu vantagem para editar um decreto que supostamente beneficiaria a empresa Rodrimar, uma das concessionárias do Porto de Santos.
Dirigentes da empresa teria vínculos com pessoas ligadas ao presidente. Há dez dias, o diretor-geral da PF, Fernando Segovia, sinalizou em entrevista que a tendência era o arquivamento do inquérito por falta de provas. A fala provocou forte reação do grupo de inquéritos especiais responsável pela investigação sobre Temer e outros políticos com foro privilegiado.
O diretor foi intimado por Barroso a explicar suas declarações. Em reunião com o ministro na segunda-feira, Segovia se comprometeu a não interferir nem mesmo comentar a investigação em curso.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta