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Viagem à China rende processo de R$ 15 mil para ex-vereador

Viagem à China rende processo de R$ 15 mil para ex-vereador

Roteiro incluiu passeios e degustação do "delicioso Pato Laqueado de Beijing"

Publicado em 20 de fevereiro de 2018 às 00:24

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O MP de Contas listou as atividades realizadas: tardes e noites livres para compras e atividades independentes; city tour na cidade de Xangai, incluindo visita ao Templo do Buda de Jade e ao Jardim Yuyuan (foto). (Mark Pegrum | Flickr)

O Ministério Público de Contas quer que o ex-presidente da Câmara de Barra de São Francisco Adilton Gonçalves devolva R$ 15.288,12 aos cofres municipais, relativos a gastos com diárias e passagens aéreas para participação em um evento na China. A viagem ao país asiático ocorreu em 2011, para participação na Feira de Mármore e Granito de Xiamen, e durou 13 dias. "Apenas os dias 6, 7 e 8 de março de 2011 foram direcionados ao motivo primordial da viagem. Os dias que seguiram à participação na feira foram claramente com propósito turístico, em afronta ao princípio da moralidade pública", ressalta o parecer.

O MP de Contas listou as atividades realizadas entre os dias 10 e 15 de março de 2011: tardes e noites livres para compras e atividades independentes; city tour na cidade de Xangai, incluindo visita ao Templo do Buda de Jade, ao Jardim Yuyuan e calçadão da cidade; degustação do "delicioso Pato Laqueado de Beijing"; city tour na cidade de Beijing, incluindo visita ao Palácio imperial, à Praça Tian Na Men e ao Palácio de Verão; apresentação de acrobacia; visita à Grande Muralha da China, ao Estádio Nacional Ninho do Pássaro e ao Centro Nacional de Natação Cubo Aquático; em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, dois dias com tardes e noites livres para compras e atividades independentes.

Foram R$ 10.402,56 em diárias e R$ 4.885,56 em passagens aéreas, tudo pago pela Câmara de Barra de São Francisco.

O Ministério Público acompanhou integralmente o posicionamento da equipe técnica ao considerar que "claramente tais atividades não atendem o interesse público, ferindo ainda princípios como os da finalidade e da moralidade" e acrescentou que os propósitos da viagem "não se compatibilizam com as funções típicas do Poder Legislativo (fiscalizar e legislar), bem como com as funções atípicas (administrativa e de julgamento)".

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A reportagem tentou, sem sucesso, contato com o ex-vereador.

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