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Bolsonaro oferece vaga de vice a Magno Malta

Bolsonaro oferece vaga de vice a Magno Malta

Pré-candidato do PSL tenta ampliar o tempo da propaganda eleitoral na TV e faz convite ao senador Magno Malta; oferta, porém, sofre resistências

Publicado em 22 de março de 2018 às 10:27

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Magno Malta e Jair Bolsonaro conversam com internautas em vídeo postado nas redes sociais. (Reprodução)

Pré-candidato à Presidência pelo PSL, o deputado federal Jair Bolsonaro (RJ) ofereceu ao PR a vaga de candidato a vice-presidente em sua chapa. O presidenciável busca aliança com o partido para aumentar seu tempo na propaganda eleitoral no rádio e na TV. O PR pode agregar cerca de 45 segundos ao tempo de Bolsonaro. Sozinho pelo PSL, ele teria menos de 10 segundos. A oferta para dividir a chapa foi feita ao senador Magno Malta (PR-ES).

“Tenho conversado com o Magno não é de hoje. Acho um excelente parlamentar. E, logicamente, se prosperar nossa ideia de disputar a convenção agora para presidente da República, o Magno Malta, se quiser somar conosco, da minha parte está fechado”, afirmou Bolsonaro ao Estadão/Broadcast. “Já conversei com ele, mas não aprofundamos detalhes”, disse ele.

Procurado pelo Gazeta Online nesta quinta-feira (22), Magno informou, por meio de sua assessoria, que é candidato à reeleição no Senado e que as conversas com Bolsonaro são diálogos informais. "Não há nenhum convite formal. Há a aproximação entre o senador e o deputado, mas são conversas que ainda não se aprofundaram. O senador Magno Malta está focado em sua reeleição e em buscar nomes novos para a bancada cristã no Congresso, com pessoas que valorizem a vida", contou um assessor de Malta.

Sobre a possibilidade de fazer parte de uma chapa ao lado de Bolsonaro, Magno Malta teria dito que "o futuro a Deus pertence" e que "pode ser tanto vice quanto verso", ou seja, pode ser candidato como vice ou como presidente.

INTERLOCUTOR

O senador é o principal interlocutor de Bolsonaro no PR. O presidenciável, contudo, também tem boa relação com o ex-deputado Valdemar Costa Neto (SP), que, na prática, é quem comanda o partido. Os dois assumiram o primeiro mandato na Câmara na mesma época, em 1991, e foram colegas até 2005, quando Costa Neto renunciou ao mandato em razão do envolvimento no escândalo do mensalão, no qual foi condenado anos depois por corrupção e lavagem de dinheiro.

“Se não for o Magno, a ideia é que seja alguém do PR do Nordeste”, disse o deputado Delegado Fernando Francischini (PSL-PR), um dos coordenadores da pré-campanha de Bolsonaro. Segundo ele, o PR tem muitos filiados na região com perfil parecido com o que Bolsonaro procura. O parlamentar, porém, não quis citar nomes.

Em troca do tempo de TV, Bolsonaro acena ao PR com coligações nas eleições proporcionais de deputados nos Estados. Para o PSL, a popularidade do presidenciável pode ajudar o PR a eleger o maior número de deputados federais, aumentando sua influência política e sua participação no Fundo Partidário – cuja maior parte é dividida proporcionalmente ao tamanho das bancadas na Câmara.

SEM UNANIMIDADE

O apoio a Bolsonaro, porém, divide o PR. Os principais entusiastas são os parlamentares que integram a chamada “bancada da bala”. “Ele pode ajudar a gente a aumentar o número de deputados eleitos”, disse o deputado Jorginho Mello (PR-SC).

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A resistência a Bolsonaro vem principalmente de integrantes do partido no Nordeste. “Se eu estiver com Bolsonaro na Bahia, estou morto”, disse o líder do PR na Câmara, José Rocha (BA). Ele afirmou que a “tendência” hoje é apoiar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ou o governador Geraldo Alckmin (PSDB).

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