A Comissão de Ética da Presidência (CEP) aprovou, em reunião nesta segunda-feira (12), uma censura ética ao ex-diretor da Polícia Federal Fernando Segovia. O órgão alegou que Segovia infringiu o Código de Conduta da administração federal ao, em uma entrevista à agência Reuters, "se manifestar sobre investigação policial ainda em curso".
Em fevereiro, o órgão havia aberto processo para investigar o ex-diretor-geral da PF pela declaração na qual sugeriu que o inquérito contra o presidente Michel Temer no caso dos portos seria arquivado e cogitou punições ao delegado que comanda a investigação. Segovia teve prazo de dez dias para se explicar junto à Comissão.
Os integrantes da Comissão de Ética também decidiram, por unanimidade, arquivar representações apresentadas contra os ministros Blairo Maggi, Maurício Quintella Lessa, Mendonça Filho, Osmar Terra, Ricardo Barros, Sarney Filho e Fernando Coelho Filho, e contra os ex-ministros Ronaldo Nogueira, José Serra e Bruno Araújo, além do senador Romero Jucá. Todos foram representados por conta de oferta de cargos durante o processo de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff.
Para arquivar a representação, o órgão alegou "não ter competência para analisar a conduta descrita na denúncia, seja por tratar de exercício da atividade parlamentar, seja por envolver atos de nomeação praticados pelo Vice-Presidente da República em exercício temporário da Presidência da República", diz a nota.
As decisões são assinadas pelo ex-presidente da CEP, Mauro Menezes, que ontem foi substituído no cargo por Luiz Navarro, ex-ministro da Controladoria Geral da República.
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