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Vereadores só aparecem para assinar presença na Câmara da Serra

Vereadores só aparecem para assinar presença na Câmara da Serra

Grupo da vereadora Neidia Pimentel (PSD) quer reassumir comando da Casa para retomar normalidade dos trabalhos

Publicado em 20 de março de 2018 às 02:06

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Câmara da Serra: disputa pelo comando da Casa adia a votação de projetos. (Guilherme Ferrari)

Menos de meia hora. Esse foi o tempo de duração da sessão da Câmara da Serra na tarde de segunda-feira (19), que foi derrubada por 14 vereadores. Em protesto contra a nova Mesa Diretora da Casa, liderada por Rodrigo Caldeira (Rede), o grupo compareceu à Câmara apenas para registrar presença e, em seguida, se retirou.

Essa foi a primeira sessão comandada por Caldeira, que assumiu a presidência da Câmara após o Tribunal de Justiça (TJES) considerar ilegal a eleição da antiga Mesa Diretora da Casa, em janeiro de 2017, na qual a vereadora Neidia Pimentel (PSD) foi eleita. Neidia também já havia sido afastada provisoriamente de suas funções por responder a um processo nas esferas criminal e cível. Ela e o ex-controlador da Câmara, Flávio Serri, são acusados pelo Ministério Público Eleitoral de encabeçar um esquema de rachid envolvendo servidores fantasmas.

Além de Rodrigo Caldeira, permaneceram no local apenas sete vereadores: Luiz Carlos Moreira (PMDB), Nacib Haddad (PDT), Pastor Ailton (PSC), Roberto Catirica (PHS), Aécio Leite (PT), Geraldinho Feu Rosa (PSB) e Stefano Andrade (PHS).

De acordo com o líder do governo, Luiz Carlos Moreira, os demais vereadores partiram para um sítio em Santa Teresa, onde estariam hospedados desde o afastamento de Neidia. Moreira criticou a postura dos legisladores. Segundo ele, quatro projetos do poder Executivo seriam votados durante a sessão de ontem e, com isso, as decisões acabaram adiadas.

“Eles entraram em comboio e saíram em comboio. Nós ganhamos muito bem para eles fazerem essa pouca vergonha, essa palhaçada”, reclamou.

A sessão também foi marcada pela presença de cerca de 20 integrantes do movimento Monitora Serra, que se concentraram na galeria. “Acho que o regimento tem que ser analisado para impedir isso e as instituições de controle, como o Ministério Público, devem ser acionadas. Queremos garantir o funcionamento da Câmara. Com esse jogo de forças, quem perde é a sociedade”, lamentou um dos integrantes do grupo, Wilson Zon.

O ex-controlador da Câmara, Flavio Serri, diz que os vereadores se retiraram, pois não reconhecem Caldeira como presidente, já que, segundo eles, a segunda eleição da Mesa Diretora ocorrida em julho de 2017 teria sido ilegal.

“Eles querem que o Adriano Galinhão assuma a presidência, pois foi o vereador mais votado de 2016, e depois convocar uma nova eleição da Mesa Diretora”, disse Serri. Apesar de ser o segundo secretário da atual Mesa Diretora, Galinhão foi um dos vereadores que derrubaram a sessão.

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Sob a alegação de falta de provas, as defesas de Serri e de Neidia entraram ontem com recurso no TJES para reverter o afastamento da vereadora determinado pela Justiça criminal. “Se conseguirmos reverter esse, nós também conseguiremos reverter a outra decisão do TJES, que tirou a Neidia da presidência”, explicou Serri.

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