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A gestão estadual aos olhos do eleitorado

A gestão estadual aos olhos do eleitorado

Com o passar dos anos, índice de ruim e péssimo aumentou

Publicado em 21 de abril de 2018 às 01:43

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Os resultados das avaliações dos governos, de 2006 a 2018, comportaram-se da mesma maneira que os dos governadores de cada período, conforme mostram pesquisas do Instituto Futura. Os índices de avaliação ótima ou boa têm ficado menores, especialmente nos últimos oito anos.

No início de 2006, o governo de Paulo Hartung (PMDB) era considerado bom ou ótimo por 62,3% dos entrevistados. Na pesquisa feita há menos de duas semanas, o resultado ficou em 31,9%. São 30,4 pontos percentuais a menos nessas duas fases de Hartung.

No último ano do segundo governo comandado por Hartung, 2010, a gestão havia conseguido melhorar o desempenho. Na ocasião, os que avaliavam o governo como bom ou ótimo somavam 64,8%.

O ex-governador Renato Casagrande (PSB) assumiu o governo em 2011 e a pesquisa feita no último ano da gestão dele mostrou índices já menores que os obtidos pelo governo anterior: 38,6% de ótimo ou bom, mas isso é 6,7 pontos acima do que o atual governo tem de avaliação positiva.

Negativos

Em 2006, o governo Hartung era ruim ou péssimo para 7,1%. O índice caiu para 5,2% em 2010. Sob o comando de Casagrande, a avaliação negativa do governo alcançou 14,9% em 2014. Em 2018, com Hartung, o volume de ruim ou péssimo do governo chegou a 25,1%.

“Em 2006 e 2010, o Brasil e o mundo iam muito bem economicamente, isso se refletia no Estado. A economia não é mais a mesma. Nos serviços das áreas essenciais ainda estamos longe do topo, mas já caminhamos muito. Mesmo quando os serviços melhoram, o eleitor não se contenta”, opinou José Luiz Orrico, diretor do Instituto Futura.

ANÁLISE

José Luiz Orrico Diretor do Instituto Futura

A economia piorou muito nos último anos. E as pesquisas foram feitas num momento em que os eleitores nem pensavam em eleição. Nas campanhas, os candidatos melhoram esses resultados. Além disso, de lá para cá, houve crise de representação, desgaste dos partidos e da política, Operação Lava Jato, crises na saúde e na segurança. Isso afetou a percepção do eleitor, que está cada vez mais exigente. Está muito mais difícil governar. Há também as redes sociais, onde os insatisfeitos fazem mais barulho do que os que elogiam.

 

 

 

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