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Jantar teve apoio explícito à candidatura de Temer, diz Marun

Jantar teve apoio explícito à candidatura de Temer, diz Marun

Ex-ministro da Fazenda foi recebido por caciques do partido em evento no Alvorada

Publicado em 25 de abril de 2018 às 09:38

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(Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Após jantar nesta terça-feira que serviu como estreia do ex-ministro Henrique Meirelles junto a dirigentes regionais do PMDB, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse que o ex-ministro foi bem recebido pelos caciques e que houve manifestações de apoio a uma candidatura do presidente Michel Temer, anfitrião do evento, ao Palácio do Planalto.

Marun descartou a possibilidade de o PMDB não lançar candidato próprio e afirmou que tanto Meirelles quanto Temer têm apoio na legenda para a investida presidencial. Ele disse que “a cereja do bolo” no “bom momento” que vive o governo será lançar um candidato do partido.

— Nós vamos enfrentar essa eleição, não há possibilidade de nós nos retirarmos da disputa, isso não existe — disse o ministro, que acrescentou:

— Teve apoio explícito à candidatura do presidente.

O ministro contou ainda que Temer pediu aos presidentes de partidos presentes que defendam o legado do governo e que foram apresentados relatórios de feitos do governo federal a nível nacional e também nos estados, o que deixou “surpresos” alguns dos dirigentes presentes.

TEMER CRITICA JOESLEY

O presidente também comentou, em breve discurso, a suposta injustiça sofrida por ele quando da divulgação da gravação que o empresário Joesley Batista, do grupo J&F, fez de conversa na qual o Temer supostamente dá aval para a compra de silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha. Segundo Marun, o presidente chamou de “mentirosa” a interpretação sobre o áudio do empresário:

— Ele chegou a falar sobre esse assunto, dizendo que quem ouve o áudio verifica que a versão divulgada e propagada por grande parte da imprensa naquele momento era mentirosa.

MARUN ALFINETA RENAN

O ministro da articulação política também aproveitou para alfinetar o senador Renan Calheiros, presidente do PMDB de Alagoas, único convidado a faltar o encontro. Mais cedo, o peemedebista havia dito a aliados que estava “refletindo” sobre a participação no convescote, mas que, caso comparecesse, diria a Temer que patrocinaria candidatura adversária. Renan se tornou um dos maiores críticos do governo e um correligionário incômodo para o presidente.

— O faltante não fez falta — criticou Marun, chamando o senador alagoano de “hipócrita” por se ausentar do encontro, mas aproveitar incentivos do governo federal:

— (Renan) falta numa reunião como essa, mas não falta a inaugurações, a assinaturas de contratos de convênios... Essa hipocrisia é que muitas horas entristece a gente.

Foram convidados para o encontro no Palácio da Alvorada caciques do PMDB de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Alagoas, Rio Grande do Norte, Acre, Roraima, Mato Grosso do Sul e Tocantins.

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Na semana que vem devem ocorrer mais dois jantares, cada um com representantes de nove diretórios regionais do partido. Mais cedo, Marun havia dito que o encontro serviria para “medir a temperatura” na legenda para o lançamento de uma candidatura presidencial no PMDB.

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