Após jantar nesta terça-feira que serviu como estreia do ex-ministro Henrique Meirelles junto a dirigentes regionais do PMDB, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse que o ex-ministro foi bem recebido pelos caciques e que houve manifestações de apoio a uma candidatura do presidente Michel Temer, anfitrião do evento, ao Palácio do Planalto.
Marun descartou a possibilidade de o PMDB não lançar candidato próprio e afirmou que tanto Meirelles quanto Temer têm apoio na legenda para a investida presidencial. Ele disse que a cereja do bolo no bom momento que vive o governo será lançar um candidato do partido.
Nós vamos enfrentar essa eleição, não há possibilidade de nós nos retirarmos da disputa, isso não existe disse o ministro, que acrescentou:
Teve apoio explícito à candidatura do presidente.
O ministro contou ainda que Temer pediu aos presidentes de partidos presentes que defendam o legado do governo e que foram apresentados relatórios de feitos do governo federal a nível nacional e também nos estados, o que deixou surpresos alguns dos dirigentes presentes.
TEMER CRITICA JOESLEY
O presidente também comentou, em breve discurso, a suposta injustiça sofrida por ele quando da divulgação da gravação que o empresário Joesley Batista, do grupo J&F, fez de conversa na qual o Temer supostamente dá aval para a compra de silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha. Segundo Marun, o presidente chamou de mentirosa a interpretação sobre o áudio do empresário:
Ele chegou a falar sobre esse assunto, dizendo que quem ouve o áudio verifica que a versão divulgada e propagada por grande parte da imprensa naquele momento era mentirosa.
MARUN ALFINETA RENAN
O ministro da articulação política também aproveitou para alfinetar o senador Renan Calheiros, presidente do PMDB de Alagoas, único convidado a faltar o encontro. Mais cedo, o peemedebista havia dito a aliados que estava refletindo sobre a participação no convescote, mas que, caso comparecesse, diria a Temer que patrocinaria candidatura adversária. Renan se tornou um dos maiores críticos do governo e um correligionário incômodo para o presidente.
O faltante não fez falta criticou Marun, chamando o senador alagoano de hipócrita por se ausentar do encontro, mas aproveitar incentivos do governo federal:
(Renan) falta numa reunião como essa, mas não falta a inaugurações, a assinaturas de contratos de convênios... Essa hipocrisia é que muitas horas entristece a gente.
Foram convidados para o encontro no Palácio da Alvorada caciques do PMDB de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Alagoas, Rio Grande do Norte, Acre, Roraima, Mato Grosso do Sul e Tocantins.
Na semana que vem devem ocorrer mais dois jantares, cada um com representantes de nove diretórios regionais do partido. Mais cedo, Marun havia dito que o encontro serviria para medir a temperatura na legenda para o lançamento de uma candidatura presidencial no PMDB.
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