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Joesley afirma que pagava mesada de R$ 50 mil a Aecio, diz jornal

Joesley afirma que pagava mesada de R$ 50 mil a Aecio, diz jornal

Segundo empresário, dinheiro era repassado por meio de contrato entre JBS e rádio

Publicado em 20 de abril de 2018 às 13:13

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Senador Aécio Neves fala à imprensa após audiência com o presidente Michel Temer no Palácio do Planalto. (Wilson Dias/Agência Brasil)

O empresário Joesley Batista afirmou, em depoimento à Procuradoria-Geral da República (PGR) que pagou uma mesada de R$ 50 mil ao senador Aecio Neves (PSDB-MG) entre 2015 e 2017. O dinheiro chegava ao tucano por meio de pagamentos feitos pela JBS à rádio Arco Íris, afiliada da Joven Pan em Belo Horizonte, da qual Aecio foi sócio.

Ainda segundo o relato de Joesley, o senador pediu a mesada a ele durante um encontro no Rio. Nas palavras do delator, Aecio disse que usaria o dinheiro para "custeio mensal de suas despesas". As informações são da edição desta sexta-feira do jornal "Folha de S.Paulo", que teve acesso a anexos da colaboração de Joesley entregues à PGR em 31 de agosto.

De acordo com a reportagem, além de fazer o relato do pagamento das mesadas, Joesley entregou para os investigadores 16 notas fiscais de R$ 54 mil emitidas pela rádio no período em nome da JBS. Os recibos têm como justificativa a prestação de "serviço de publicidade", em forma de "patrocínio do Jornal da Manhã", um dos programas da rádio.

Joesley não esclareceu, no depoimento, a diferença de R$ 4 mil no valor das notas e na mesada acerdata com Aecio. Ele relatou não saber se as propagandas de fato foram veiculadas, mas reforçou que sua intenção era repassar a mesada para ter bom relacionamento com tucano, candidato à Presidência da República em 2014.

O último pagamento da JBS a Aecio, segundo a "Folha", ocorreu em junho de 2017, um mês após vir à tona a delação dos executivos do grupo. Em um dos pontos da colaboração, Joesley gravou o senador tucano lhe pedindo R$ 2 milhões. Parte do dinheiro foi entregue a um primo de Aecio, Frederico Pacheco.

Aecio, Pacheco e a irmã do senador, Andrea, tornaram-se réus neste processo no Supremo Tribunal Federal (STF) na última terça-feira.

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À "Folha", o advogado Alberto Toron, que defende Aecio, negou o pagamento de uma mesada e afirmou que Joesley se aproveita de uma "relação comercial lícita" para "forjar mais uma falsa acusação" contra o senador mineiro.

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