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Lula chora ao gravar vídeo que será divulgado após sua prisão

Lula chora ao gravar vídeo que será divulgado após sua prisão

Segundo petistas, gravação teve que ser interrompida diversas vezes porque voz do ex-presidente ficava embargada a cada frase

Publicado em 7 de abril de 2018 às 12:49

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) gravou locução para um vídeo de animação produzido pelo PT que será divulgado depois que o ex-presidente estiver preso. Segundo pessoas que acompanharam a gravação, os trabalhos foram interrompidos diversas vezes. A cada frase a voz do petista ficava embargada. Em ao menos uma dessas vezes Lula chorou.

O ex-presidente Lula. (RICARDO STUCKERT)

Quem presenciou a cena atribuiu o choro ao tom emotivo da animação na qual Lula, em primeira pessoa, conta sua história desde a fuga da fome em Pernambuco em um caminhão pau-de-arara ao lado da mãe, dona Lindu, e cinco irmãos, até a trajetória como líder sindical, a fundação do PT e a chegada à Presidência da República.

“Não tenho medo do que vem no futuro”, diz Lula no vídeo.

Várias pessoas que estavam na sala de gravação também foram aos prantos junto com o ex-presidente.

Diversos parentes de Lula estiveram na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC nesta sexta-feira. Entre eles os irmãos Frei Chico, Vavá (em uma cadeira de rodas devido a uma perna amputada em decorrência de diabetes) e Maria. Os filhos Fábio Lula e Lurian também estavam com o pai e passaram a madrugada dormindo com ele.

Ex-companheiros da direção do sindicato como Jair Menegheli, Djalma Bom, Vicentinho e Devanir Ribeiro também estiveram no local.

Mais de 15 horas depois de esgotado o prazo para se entregar à Polícia Federal em Curitiba, o ex-presidente Lula continua no sindicato, na rua João Basso, São Bernardo do Campo. Ele chegou ali pouco depois das 19h desta quinta-feira, 5, menos de duas horas depois de ser informado sobre o decreto de sua prisão expedido pelo juiz Sérgio Moro, da Operação Lava Jato.

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Moro deu a Lula prazo para se entregar ‘voluntariamente’ à PF até as 17 horas de sexta-feira. O petista ignorou e se deslocou até a sede do sindicato onde comandou as greves históricas dos anos 1970 e, depois, a criação do PT. Lula passou o dia inteiro no sindicato ao lado de membros do partido.

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