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Mesmo na prisão, Lula lidera com 29,4% no ES

Mesmo na prisão, Lula lidera com 29,4% no ES

Sem o ex-presidente, Bolsonaro sai na frente com 23,4%

Publicado em 16 de abril de 2018 às 11:05

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Ex-presidente Lula é carregado por militantes após discurso em ato em São Bernardo do Campo (SP). (Francisco Proner/Divulgação/PT)

Se as eleições presidenciais fossem hoje, o ex-presidente Lula (PT) sairia na frente na preferência do eleitorado capixaba, com 29,4% das intenções de voto. Pesquisa realizada pelo Instituto Futura, a pedido da Rede Gazeta, aponta que o petista, mesmo preso desde o dia 7 deste mês, tem vantagem de 9,6 pontos percentuais em relação ao segundo colocado, Jair Bolsonaro (PSL-RJ). O deputado federal obteve 19,8%. Já Marina Silva (Rede) ocupa a terceira posição, com 8,1%.

O levantamento foi feito entre os dias 10 e 12 de abril, quando Lula já estava preso. Nesse período, 800 eleitores foram ouvidos em 20 municípios do Estado. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos.

No mesmo cenário estimulado – quando os nomes dos possíveis candidatos são apresentados –, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa (PSB) aparece em quarto lugar, com 4,8%. Ele é seguido pelo ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), com 3,3%; por Ciro Gomes (PDT), com 2,9%, e pelo senador Alvaro Dias (Podemos), com 1,8%.

O presidente Michel Temer (PMDB) aparece na 9ª posição. Com 1% das intenções de voto dos capixabas, o peemedebista também fica atrás do senador Fernando Collor (PTC-AL), que obteve 1,3%. Os demais presidenciáveis não alcançaram nem 1% cada um. Brancos e nulos somam 17,4%, e 8,4% estão indecisos.

Já em um cenário sem Lula – tendo em vista a possibilidade de ele ficar fora do pleito, enquadrado na Lei da Ficha Limpa – Bolsonaro cresce 3,6 pontos percentuais e assume o primeiro lugar na disputa pelo Palácio da Alvorada, com 23,4% das intenções de voto. Mas, conforme destaca o diretor do Instituto Futura José Luiz Orrico, embora os votos de Lula sejam distribuídos entre os candidatos, é a ex-senadora Marina Silva quem apresenta o maior crescimento, indo para 14,2%.

Com 6,9%, Joaquim Barbosa sai da quarta para a terceira posição na preferência do eleitorado. Já Ciro Gomes, com 5,1% das intenções, inverte as posições e surge em 4º lugar, deixando Alckmin em 5º, com 4,4%.

Espontânea

No resultado espontâneo (quando nenhum nome é apresentado aos entrevistados), Lula é o escolhido por 17,9%. Considerando a margem de erro, o petista estaria tecnicamente empatado com Jair Bolsonaro, que obteve a preferência de 15,1%. Apesar de se manter em terceiro, Marina detém 1,4% das intenções. O percentual de eleitores indecisos no cenário espontâneo é de 42,6%.

LÍDERES DE PARTIDOS COMEMORAM RESULTADO

Representantes estaduais dos partidos dos pré-candidatos mais bem posicionados na pesquisa Futura avaliaram o resultado como positivo, considerando que ainda faltam pouco menos de seis meses para o pleito.

O presidente estadual do PSL, deputado Carlos Manato, acredita que o também deputado Jair Bolsonaro, do mesmo partido, ainda tem potencial de crescimento.

“O eleitor do Bolsonaro está muito definido, tanto é que não há muita diferença entre as intenções de voto estimuladas e espontâneas. O Estado já teve uma influência petista maior. O sentimento que temos é de que Lula irá decrescendo e estamos confiantes de ir ao segundo turno”, afirmou.

O porta-voz estadual da Rede, André Toscano, frisou que o partido continuará trabalhando pela vitória de Marina Silva, independentemente de pesquisas. “Nesse momento de pré-campanha, Marina tem circulado pelo país, atenta ao risco da polarização, se posicionando de forma firme para promover o debate e não com o embate”, disse.

O presidente estadual do PT, João Coser, foi procurado, mas não atendeu a reportagem.

ANÁLISE

O PSDB não tem um nome forte

O que impressiona no resultado é que um partido grande como o PSDB, que disputa as eleições desde 1994, não possui um candidato forte. Geraldo Alckmin aparece mais fraco no Estado do que no Brasil. O PT, na ausência de Lula, não tem votos para Fernando Haddad. Isso indica que os partidos morreram e aí o carisma do candidato vale mais. É evidente que quando as máquinas forem postas nas ruas em busca de votos, os candidatos de partidos mais tradicionais têm chances de crescer, desde que não haja uma rejeição muito forte, como é a do presidente Michel Temer. Caso vá a publico apoiar um candidato, Lula também conseguirá transferir parte razoável de seus votos.

José Luiz Orrico - Diretor do Instituto Futura

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O Instituto Futura realizou 800 entrevistas em 20 municípios do Espírito Santo, entre os dias 10 e 12 de abril de 2018. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos e a confiabilidade é de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob o número ES-04600/2018.

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