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Provas contra Aécio são fartas, diz Ministério Público Federal

Provas contra Aécio são fartas, diz Ministério Público Federal

PF filmou parte dos repasses em uma ação controlada

Publicado em 17 de abril de 2018 às 18:13

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Brasília - Aécio Neves. (Wilson Dias/Agência Brasil)

Em nome do Ministério Público Federal (MPF), o subprocurador-geral da República Carlos Alberto Carvalho de Vilhena Coelho usou a maior parte do tempo a que tem direito para defender a validade das provas no inquérito aberto para apurar se o senador Aécio Neves (PSDB) recebeu propina de R$ 2 milhões da JBS. Segundo ele, como há "farto material comprobatório" em razão de uma ação controlada da PF que filmou parte dos repasses, a defesa preferiu pedir a nulidade das provas, em vez de rebater as acusações em si.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) julga nesta terça-feira núncia contra o parlamentar e outras três pessoas: sua irmã Andrea Neves; Frederico Pacheco, primo deles; e Mendherson Souza Lima, ex-assessor parlamentar do senador Zezé Perrella (PMDB-MG). Caso a denúncia seja aceita, eles passam à condição de réus. Segundo as investigações, Andrea fez o contato inicial com a JBS para pedir propina, enquanto Frederico e Mendherson viabilizaram os quatro repasses de R$ 500 mil cada, totalizando R$ 2 milhões.

"É importante frisar que a partir da segunda entrega de valores, ou seja, os pagamentos de R$ 500 mil realizados nos dias 12 e 19 de abril e 3 de maio de 2017, foram acompanhados e registrados em áudio e vídeo pela Polícia Federal no âmbito das ações controladas 4315 e 4316, autorizadas por esta corte, havendo portanto nos autos farto material comprobatório. Talvez por isso os fatos não tenham sido tão explorados pela defesa dos acusados. Preferiram eles apontar supostos vícios quanto às provas que dão sustentação à presente denúncia", argumentou o subprocurador-geral da República.

Uma das principais linhas de defesa dos acusados neste episódio é a tentativa de invalidar as provas da colaboração premiada dos irmão Batistas, dono da JBS, apontando que o ex-procurador da República Marcelo Miller teria orientado os delatores gravar as conversar e armar um flagrante contra o senador.

Para a Procuradoria-Geral da República (PGR), porém, não cabe falar em flagrante forjado já que a iniciativa de procurar Joesley Batista para solicitar a propina de R$ 2 milhões partiu da própria Andréa Neves. A PGR também nega que o então procurador-geral da República Rodrigo Janot tivesse conhecimento de eventuais irregularidades de Miller.

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Além do criem de corrupção, Aécio também é acusado de ter tentado atrapalhar as investigações da Operação Lava-Jato. Os outros três foram denunciados apenas por corrupção.

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