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Senadores do Estado gastaram R$ 939 mil em 2017

Senadores do Estado gastaram R$ 939 mil em 2017

A despesa é referente à cota parlamentar que cada parlamentar tem direito no exercício de seu mandato

Publicado em 21 de abril de 2018 às 23:07

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Plenário do Senado . (Marcos Oliveira | Agência Senado)

 Os três senadores do Espírito Santo gastaram com cota parlamentar um total de R$ 939.702,69 em 2017. Segundo levantamento nacional feito pelo portal G1, Ricardo Ferraço (PSDB), que solicitou aos cofres do Senado um reembolso de R$ 339.007,21, foi o senador que apresentou a maior planilha de custos do Estado. Ele é seguido por Magno Malta (PR), que gastou R$ 315.072,00, e por Rose de Freitas (Podemos), cuja despesa anual foi de R$ 285.623,48. Todos eles estão dentro do limite da cota anual a qual têm direito.

De acordo com apuração do G1, com base na seção de transparência e dados abertos do site do Senado, em todo o país as 26.964 notas fiscais apresentadas por senadores no ano passado totalizaram R$ 26.633.775,04. O prazo final para o lançamento das despesas foi 31 de março deste ano. Entre elas estão incluídos mais de R$ 30 mil em viagens de jatinho em apenas um mês, além de hospedagens de fim de semana em flats de luxo e de refeições que passam dos R$ 1 mil.

Os campeões em reembolsos em 2017 foram, em ordem: Davi Alcolumbre (DEM-AP), João Capiberibe (PSB-AP) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). Em seguida vêm Eduardo Braga (PMDB-AM), Romero Jucá (PMDB-RR) e Omar Aziz (PSD-AM). Os gastos anuais de cada um dos parlamentares foram de R$ 480.859,80 a R$ 512.645,05.

BANCADA ESTADUAL

No Estado, os senadores têm direito a uma cota mensal de R$ 33.176,60. Isso significa que, por ano, cada um pode receber no máximo R$ 398.119,20 de reembolso, mas nenhum deles chegou a atingir este valor.

O maior gasto foi com passagens aéreas. Juntos, Ricardo, Magno e Rose gastaram R$ 392.662,68. Magno Malta foi o que mais viajou: o senador apresentou uma despesa total de R$ 194.581,66 com passagens, mas registrou custo zero com Correios e materiais para escritório.

Custos com consultorias e pesquisas ficam em segundo lugar na planilha de despesas. No total, R$ 191.263,78 foram reembolsados, dos quais R$ 85.848,69 pertencem a Ricardo Ferraço. O senador foi o que mais utilizou recursos para locomoção, hospedagem e alimentação (R$ 88.584,44); para aluguel de imóveis

(R$ 73.759,45) e para Correios e materiais de escritório (R$ 3.181,98).Já Rose de Freitas apresentou maiores gastos com passagens (R$ 119.950,54) e com pesquisas e consultorias (R$ 84.083,10). Nenhum dos três gastou com segurança privada.

Ricardo Ferraço declarou que embora seus gastos se mantenham abaixo do limite, um esforço será feito para que eles sejam reduzidos em 2018. “Qualquer despesa que possa ser eliminada é importante num momento de restrição fiscal”, afirmou.

Sobre os gastos de parlamentares de outros Estados, Ferraço é crítico: “É um absurdo completo. Esse tipo de coisa não deveria estar no hall de despesas da atividade parlamentar. Jatinhos e jantares estão absolutamente fora da curva”, afirmou o senador tucano.

Rose de Freitas e Magno Malta não responderam à reportagem.

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