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Assembleia Legislativa também pode discutir foro privilegiado

Assembleia Legislativa também pode discutir foro privilegiado

O deputado estadual Enivaldo dos Anjos apresentou proposta sobre foro especial

Publicado em 8 de maio de 2018 às 02:06

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(Gazeta Online)

A Assembleia Legislativa esboça entrar na discussão sobre a revisão do foro privilegiado para autoridades do Estado. Ontem, o deputado estadual Enivaldo dos Anjos (PSD) protocolou uma PEC para acabar com o foro privilegiado para todas as autoridades do Estado, nos casos de crimes cometidos no exercício das funções ou em razão delas.

 Na justificativa, o parlamentar diz que a igualdade de todos perante a lei, prevista na Constituição Federal, é “uma grande expectativa da sociedade capixaba e nacional”.

Para a PEC prosperar, os deputados teriam que contrariar os próprios interesses. Afinal, em 2012, eles aprovaram uma emenda que ampliou o foro privilegiado deles mesmos, no Tribunal de Justiça, para qualquer caso que envolvesse suspensão ou perda dos direitos políticos ou perda da função pública.

Mas a Assembleia pode, por conta própria, alterar regras de foro especial que estão referenciadas na Constituição Federal? Enivaldo diz que sim.

Constituições

Especialistas também dizem que é possível a Assembleia fazer o debate. “As Constituições dos Estados precisam sofrer os mesmos influxos que a Federal. 90% são normas de repetição obrigatória da Constituição Federal. Se a Federal está desatualizada, a mesma coisa pode ser dita com relação às estaduais. Seria de bom alvitre que o legislador fizesse alterações”, comentou o professor Dalton Morais. “A Assembleia ampliou o foro para vários cargos. Também poderia restringir”, acrescentou Américo Bedê.

Mas haverá efeito prático? “Não adianta o Estado antecipar esse debate sem saber o que vai ser decidido em Brasília”, comentou o professor da FDV Anderson Sant’ana Pedra.

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“O Congresso não pode votar nada nesta legislatura, em face da intervenção no Rio. Quem está decidindo é o STF. O Espírito Santo pode tomar uma decisão mais corajosa. Se a PEC do Congresso for mais conservadora, a gente modifica aqui”, disse Enivaldo.

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