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Cabo Porto sobre pedido de prisão: 'Algo obscuro politicamente'

Cabo Porto sobre pedido de prisão: "Algo obscuro politicamente"

Vereador da Serra prestou depoimento na audiência do caso da greve da PM nesta terça-feira (15)

Publicado em 15 de maio de 2018 às 20:02

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Cabo Porto . (Fernando Madeira | GZ)

Após depoimento prestado à Justiça nesta terça-feira (15), na audiência do caso da greve da Polícia Militar, o vereador da Serra Cabo Porto (PSB) falou com a imprensa sobre a notícia-crime apresentada pelo procurador-geral da Câmara municipal, Matheus Sobreira. O procurador chegou a pedir a prisão e o afastamento cautelar de Cabo Porto das funções. Sobreira acusa o parlamentar de abuso de poder e de associação criminosa.

Cabo Porto é um dos integrantes da Casa envolvido na polêmica da última sexta-feira (11), quando o vereador Stefano Andrade (PHS) foi autuado por porte ilegal de arma de fogo após ele, o coordenador de comunicação da Câmara, Rodrigo Ferreira Merlo, e o superintendente da Câmara, Fabrício Siqueira, terem sido flagrados pela Polícia Militar dentro de um carro com uma arma sem registro e R$11 mil em espécie. Foi Cabo Porto quem acionou as viaturas por acreditar, segundo ele, que estava sendo perseguido.

Confira a entrevista:

O que o senhor tem a dizer sobre a notícia-crime apresentada contra o senhor pelo procurador da Câmara da Serra?

Essa questão da procuradoria da Câmara da Serra, ela não tem o poder para isso. Isso traz a forma de desrespeito perante o juiz. Quem pede prisão é o promotor. Quem pede prisão é o juiz. Então pedido prisão pelo o quê? Por eu supostamente estar armado na Câmara municipal? Eu ando armado, eu tenho porte de arma. Agora, dentro do parlamento eu não uso arma. Eu uso arma no meu dia a dia. Agora, por exemplo, fui ouvido no tribunal do júri e não estou com arma. Eu sei onde eu posso portar a minha arma de fogo. Segundo a procuradoria, foi uma ação cinematográfica, na última sexta-feira, da Polícia Militar, onde culminou na abordagem de um veículo onde culminou de haver três pessoas. Eu tenho experiência na segurança pública. São 22 anos. Já sofri diversos atentados. Então o que eu fiz como profissional de segurança? Liguei para a Polícia Militar e pedi um apoio. E quem foi abordado, o que foi encontrado, cada um responda por si. 

O senhor estava sendo efetivamente seguido naquele momento?

Não só eu como um grupo de vereadores que estavam lá. Eu estava na presença de mais sete vereadores. Um veículo estranho, me seguindo, eu fui fazer o que? Vou pedir apoio da Polícia Militar. 

Quem estava no outro carro?

Para minha surpresa, quando fui informado sobre as pessoas que lá estavam, estou surpresa até agora. Eu volto a falar, vamos ser transparentes, vamos honrar a Polícia Militar, porque falar que essa ação foi cinematográfica está desrespeitando vários policiais que estão participando desta abordagem. Não queiram inverter esta situação. Cabo Porto anda armado? Ok. Nunca ostentei arma de fogo. Eu gostaria que entrevistasse também o vereador (Stefano) que foi pego armado.  

Que medidas o senhor vai adotar mediante a esta situação?

Estou conversando com meu jurídico e vamos tomar medidas. Sou uma pessoa de caráter, uma pessoa que luta pela Serra. Luto para diminuir a violência. Agora, é notório que algo obscuro politicamente tenha acontecido. Que a justiça seja feita. 

Pode fazer uma avaliação do movimento da Polícia Militar do ano passado?

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A avaliação na época e a avaliação atual é que o governo do Estado dificultou o andamento das negociações perante as pessoas. Quero deixar claro que eu vim como uma testemunha, e que a verdade seja esclarecida.

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