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Frente da PF terá 29 candidatos nas eleições

Frente da PF terá 29 candidatos nas eleições

Apesar da presença de deputados 'amigos' no lançamento do coletivo, em Brasília, grupo busca se dissociar do discurso político

Publicado em 23 de maio de 2018 às 11:26

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Polícia Federal. ( Fernando Madeira)

Na esteira da Operação Lava Jato, agentes da Polícia Federal lançaram, nesta terça-feira, 22, em Brasília, uma frente de candidatos ligados à instituição que irão disputar as eleições de 2018. Apesar da presença de deputados "amigos", como Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que integra o coletivo, o grupo busca se dissociar do discurso político.

O lançamento serviu para apresentar as 29 pessoas com alguma relação com a Polícia Federal que sairão para tentar vagas de senador, deputado estadual, deputado federal e deputado distrital em 23 Estados e no Distrito Federal.

Dos 29, três disputarão vaga ao Senado, enquanto que a maioria dos agentes tentará um posto na Câmara Federal. O nome mais conhecido do grupo é o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que é escrivão de Polícia Federal e vai tentar se reeleger. Eduardo entrou para a política após o sucesso do pai, Jair Bolsonaro, deputado federal e pré-candidato à Presidência pelo PSL.

"O papel dele (Eduardo Bolsonaro) na frente é como policial federal. O que a gente espera dele é que ele defenda os itens de bandeira da frente, que são itens de segurança pública. As outras questões que são voltadas mais para a família Bolsonaro e dele, eu acredito que ele mesmo vai deixar num segundo plano. Ele fez esse compromisso com a gente", disse o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Luís Antonio Boudens. A Fenapef é uma das entidades responsáveis pela organização do evento.

Todos os pré-candidatos da frente assinaram simbolicamente a intenção de cumprir uma agenda de propostas composta por cinco itens, se eleitos para os postos que almejam. Os cinco compromissos incluem "fim do foro privilegiado" para os três Poderes, o que inclui magistrados, e a desburocratização das investigações criminais. Também fazem parte da lista o "combate à corrupção", de maneira genérica, a defesa do ciclo completo de Polícia Federal e a entrada única nas forças de Polícia Federal.

"Estamos evitando esse conteúdo partidário, justamente por isso fizemos esse documento. E nisso ele (Eduardo Bolsonaro) se encaixa. Embora ele tenha o viés do pai dele de críticas políticas, ele também tem essa bagagem de melhoria da segurança pública. A gente tenta evitar essa mistura, por isso somos uma frente suprapartidária, temos partidos de direita e esquerda. A gente deixou isso bem claro (para ele) quando a gente não privilegiou os eleitos em detrimento dos outros. Então a gente evita esse conteúdo político, o conteúdo é técnico", defendeu o policial federal Flávio Werneck, que será candidato a deputado federal pelo PHS e é presidente do Sindicato dos Policias Federais no Distrito Federal.

O lançamento da frente ocorreu na sede da Associação dos Magistrados do Distrito Federal com direito a coquetel, que incluía champanhe, cerveja e quitutes, como camarão empanado e queijo coalho com melaço.

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As informações sobre o grupo também constam de um site que reúne detalhes sobre todos os candidatos. Sem poder utilizar o logotipo da Polícia Federal, a frente adotou as cores amarela e preta e uma mensagem: "Segurança sim. Corrupção não". Os policiais federais dizem "não ter partido", mas sim trabalharem "por um Brasil melhor". Os 29 candidatos estão associados a 18 legendas.

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