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Moro condena ex-tesoureiro do PT a 9 anos e 10 meses na Lava Jato

Moro condena ex-tesoureiro do PT a 9 anos e 10 meses na Lava Jato

Paulo Ferreira foi sentenciado no âmbito de esquemas que envolviam R$ 20 milhões em propinas em contrato da Petrobrás; além dele, outros 11 também foram condenados

Publicado em 14 de maio de 2018 às 20:36

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O juiz federal Sérgio Moro. (Fabio Rodrigues Pozzebom | Agência Brasil)

O juiz federal Sérgio Moro condenou, neste domingo (13) o ex-tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, e outras 11 pessoas, incluindo empresários e operadores, no âmbito da Operação Lava Jato. Ferreira foi sentenciado a nove anos e 10 meses no regime inicial fechado por lavagem de dinheiro de R$ 2,1 milhões e associação criminosa – a denúncia envolve R$ 20 milhões em propinas no âmbito de contrato da Petrobrás.

Segundo a denúncia ‘o Consórcio Novo Cenpes, formado pelas empreiteiras OAS, Carioca Engenharia, Construbase Engenharia, Construcap CCPS Engenharia e Schahin Engenharia, teria vencido a licitação de obras junto à Petróleo Brasileiro S/A – Petrobrás de construção predial para ampliação do CENPES (Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello) – IECP mediante ajuste fraudulento de licitação e, ademais, teria pago vantagem indevida a executivos Petrobrás e a agentes políticos’.

Segundo a força-tarefa da Lava Jato, ‘o montante da propina foi apontado como sendo de 2% do valor do contrato e dos aditivos, cerca de R$ 20.658.100,76’.

“Adir Assad, Rodrigo Morales e Roberto Trombeta seriam, segundo a denúncia, profissionais da lavagem, e disponibilizavam, mediante expedientes fraudulentos, dinheiro em espécie às empreiteiras e que o utilizavam para efetuar pagamentos a agentes públicos ou políticos”, consta nos autos.

A denúncia também inclui operações de intermediação de propinas e de lavagem de dinheiro de Alexandre Correa de Oliveira Romano, em benefício de Ferreira. Nos esquemas, Ferreira é apontado como beneficiário em nome do PT.

Além dele, foram condenados também Adir Assad, Roberto Trombeta, Rodrigo Morales, Agenor Medeiros, Edison Freire Coutinho, Genésio Schiavinato Júnior, Léo Pinheiro, José Antônio Marsílio Schwartz, Ricardo Pernambuco e Roberto Capobianco.

De acordo com a denúncia, ‘foi oferecida vantagem indevida à empresa WTorre, que havia apresentado a melhor proposta na licitação, para que se afastasse do certame, o que propiciou a atribuição do contrato ao Consórcio Novo Cenpes, segunda colocada’. A empresa nega.

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A reportagem está tentando contato com as defesas dos acusados.

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